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Opinião
23/01/2009 - 15h07
Corte os custos que o crédito sumiu
Mauro Johashi
 

Muitos bancos extinguiram ou diminuíram algumas linhas de crédito para pequenas e médias empresas, outros deixaram as regras para a concessão mais rígidas. As taxas de juros também voltaram a crescer. O que devem fazer então aqueles que precisam de financiamentos para complementar ou formar capital de giro? A palavra é criatividade. Aliada a um minucioso planejamento, a capacidade inventiva do empreendedor pode ser a chave para sair imune, ou apenas com pequenos arranhões, da atual crise.

Somente no mês de outubro, o limite de crédito caiu em média 50% em comparação com setembro. Isto sem contar a diminuição dos prazos e o aumento do número de exigências. Demorou, mas os efeitos da turbulência global já começam a afetar as pequenas e médias empresas brasileiras.

Em um tempo não muito longínquo, era comum gerentes circulando pelas empresas com o objetivo de oferecer crédito. Hoje, os papéis estão invertidos e a peregrinação dos empresários tem ficado cada vez mais difícil. Com um pouco de criatividade e muito planejamento, é possível driblar essas dificuldades e ter um 2009 menos intranqüilo.

O empresário deve ser ágil. A primeira coisa a se fazer é verificar, de forma minuciosa, as projeções para o ano, incluindo faturamento mensal e as possibilidades de novos negócios. Com base nisto, prever a compra de mercadorias ou matéria-prima, bem como a contratação de pessoal e reposição patrimonial de estrutura e equipamentos.

Dentro dos resultados previstos, é necessário verificar a estrutura existente e o que é realmente essencial para cumprir o que foi projetado. Aí entra a nova palavra de ordem: cortar custos. O empreendedor deve fazer as seguintes perguntas: Qual pedaço da minha estrutura está ou ficará ociosa? Quanto do meu quadro de funcionários pode ser revisto? O que está sendo desperdiçado ou adquirido em excesso? Qual investimento pode esperar?

Em seguida, é preciso agir. Rever toda a sua estrutura e se preparar para, com um faturamento menor, manter a lucratividade e, principalmente, não decepcionar nem deixar na mão os seus clientes. O mais importante em todo este processo, que pode parecer óbvio, é a agilidade e capacidade de pensar à frente e tentar projetar o que neste momento parece imprevisível.

Renegociar preços e prazos com fornecedores é o primeiro passo e pode ser feito já. O controle de caixa e do estoque deve ser ainda mais rigoroso. Tudo deve ser realocado para a nova realidade. Aumentar o valor agregado do produto ou serviço também é uma maneira de aumentar a competitividade, mesmo aumentando o trabalho e elevando um pouco os custos. Outros cuidados são segurar os custos fixos e avaliar periodicamente o planejamento tributário, com base em eventuais aumentos de impostos. E o mais importante: ninguém deve aceitar reajustes dos fornecedores acima dos padrões do segmento. Deve-se perder o medo de dizer não.

Se mesmo assim for necessário recorrer a empréstimos bancários, ainda existem algumas linhas que oferecem vantagem, mas o empreendedor deve estar disposto a gastar sola de sapato. É preciso ter paciência e ao mesmo tempo estar atento para facilitar a concessão.

Prepare cuidadosamente a documentação que será entregue ao banco. É a partir dela que a instituição vai ou não conceder o crédito. Ela analisa as solicitações conforme o risco. Então, quanto mais informações e transparência houver, mais fácil a aprovação.

Buscar os recursos disponíveis nas instituições públicas é também um caminho indicado e menos espinhoso, mas funciona melhor para as microempresas. As taxas também continuam atraentes. No entanto, a concorrência deve ter aumentado muito. Para enfrentar 2009, os empresários precisam ter muito mais do que uma boa gestão. Planejamento, paciência, organização e boas sacadas podem fazer do ano novo incerto um futuro bem mais próspero.


Nota do Editor: Mauro Johashi é sócio-diretor de Corporate Finance & Risk Management da RCS Brasil.

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