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Crônicas
25/01/2009 - 10h06
Os indianos estão chegando
Celso Fernandes
 
Tevê à manivela

Luz, câmera, ação! Nas ruas, nos bares e nos lares a conversa tem sido uma só. Com essa nova investida global, “Caminhos das Índias”, da Glória Perez, e que vai abordar temas nada distantes do nosso dia-a-dia, como questões sociais, amor impossível, poder e o já batido “triângulo amoroso”, ou quem sabe em fase de desenvolvimento um nada suposto “quadriângulo”... até aí nada de tão novo assim. A não ser nas culturas e nas escrituras do tipo “elogios me acanham, mas secretamente imploro por eles” (Rabindranath Tagore) o duro vai ser da gente soletrar no bê-á-bá tantos nomes e conhecimento desse povo, comigo aqui desde já pensando num cursinho básico para ir dançar em Taj Mahal. Calma, com a Marjorie Estiano (e não no próximo) atuando por lá vai dar tudo certo. O Tarso é que vai ser o próximo da fila! Que amava Maria, que amava Joaquina, que amava José, heim! Agora é tudo Raj, Bahuan, Opash, Chiara. Menos o infiel Silveirinha (sic) que entrou na peixeira nos momentos finais da pavorosa “Favorita” e que esqueceram de trocar as roupas do pobre cúmplice da Flora ante tamanha força de recuperação na hora de salvar a sofrida Donatela. Que me perdoem alguma desatenção, mas “falha nossa” para tamanhas forçadas de última hora pega sempre de chofre o refém da poltrona na concorrida novela da minha vida ou da minha vida que virou uma novela. Quanto ao formigueiro instalado, e sem teto, o que ninguém soube dizer é aonde foi que aquela formiga entrou, no vestido de noiva da então esposa-amante do amedrontado jornalista Zé Bob. Well. Good. Obama. In Concert. Quiseram mesmo foi mostrar que depois de muitos quilômetros rodados a diva nunca fugiu da Raia. Affff.

E mais! Será que em “Caminhos das Índias” vamos ser chamados de “gafanhoto” pelo brâmane Shankar (Lima Duarte) num possível chat televisivo? O quê, “Negócio da China”, só no Brasil, e que agora virou barganha de riqueza dos indianos que topam qualquer parada. Então, solta o Marcos e prende o Valério – sem alterar muito a ordem dos fatores, por favor. Ou estaria errado em dizer que para se achar a luz no fim do túnel precisamos primeiro chegar ao túnel? Outra vez cinderela às avessas, nem pensar! E que se errar é humano não é nada à toa que tem muito Joãozinho que adora ficar de segunda época não por causa da deslumbrante professora Manuela. Politicamente falando não é nada duvidoso das cadernetas carimbadas de ponta a ponta de vermelho.

Ora, ora, ora, se tudo é possível, não deixemos apenas na conta do seu Jorge, tudo bem? Ou que ainda, partindo dentro do princípio de Lavoisier “na vida nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, tem também aquele outro famoso dito da cópia que venceu o criador. E há quem diga em voz alta – e em bom tom! – como sendo algo de uma mistura pouco adoçante de “Cría Cuervos” (1976, do espanhol Carlos Saura) para as épocas computadorizadas atuais. Da vida como ela é já dissemos dia destes e não insistam no teclado. Mas que tudo acaba no bordão do “Simplesmente um luxo!”, como dizia o saudoso Athayde Pattreze, para os nossos repetitivos dramalhões globais, isso não podemos negar. E que além de sempre torrarem as “verdinhas” nos incalculáveis milhões de dólares até virar cinza, o cheiro de alfazema e uísque a go go hoje passa bem perto até do fiel mordomo James que assiste Prada. O lanterninha do cinema é outra história. Ainda bem que teremos um longo caminho a percorrer nessa nova armação sem piscar os olhos e que tem a “Boa”, ops, Maya (Juliana Paes), desfilando em delicados tubinhos e turbantes por lá. Mesmo que em época de crise, quem sabe abra uma conta naquelas lonjuras! O telemarketing não vai me deixar na linha. Quero ser prime, oras. Afinal, quem tem um amigo não tem um milhão? Sou brother! Yes...

E tem a última! Será que dentro dessas tamanhas produções tão recheadas de meras coincidências não perceberam que o(a) mocinho(a) sempre vencem no final?! No mínimo deveriam entender o máximo. Indianos estamos indo, digo, chegando. E como dentro dessa caixinha mágica de surpresas todo mundo dança, por hora é: “Nãtya-Shãstra!”. Elogios me acanham, hein! Próximo...


Nota do Editor: Celso Fernandes, jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.

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