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Medicina e Saúde
29/01/2009 - 09h03
Faróis xenon
Márcia Wirth
 
Nova regulamentação já está em vigor

A luminosidade difusa do xenon direciona o facho luminoso a regiões inadequadas. Na maioria dos casos, isso causa forte ofuscamento dos motoristas.

Conforto, sensação de mais luz e melhor visibilidade é o que buscam os condutores de veículos que fazem a instalação de faróis xenon em seus veículos... Só que a "solução" para o problema de alguns virou um transtorno para os demais motoristas. São crescentes as queixas de motoristas que sofrem com uma verdadeira “explosão luminosa” vinda da direção oposta.

A demanda pelos faróis de gás xenônio surgiu na virada da década, quando os primeiros automóveis importados com esse equipamento chegaram ao Brasil. Em pouco tempo, os kits começaram a surgir nas lojas, a preços exorbitantes. Hoje, há produtos bem mais acessíveis no mercado e o xenon se democratizou. É visto em carros populares, em picapes de luxo... O mercado nacional está repleto de lâmpadas "tipo xenon". As que emitem facho branco são permitidas, já a luz azul é proibida.

Para normatizar a instalação destes equipamentos e garantir a segurança dos condutores, a Resolução 294 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentou o uso dessas lâmpadas poderosas. A norma que foi publicada no dia 17 de outubro, está em vigor desde 1º de janeiro. Agora, carros com xenon deverão ter sistemas de lavagem dos faróis e ajuste automático do facho luminoso ligado à suspensão, ou seja, a direção da luz será sempre corrigida para evitar ofuscamento de quem trafega em sentido oposto.

O problema da lâmpada xenon está em sua intensidade da luz, calculada em lúmens. O facho emitido por uma lâmpada convencional, halógena, é de 1.000 lúmens. A resolução do Contran se baseia nesta medição: em nenhum momento do texto, o Conselho menciona o xenon. Porém, para este tipo de lâmpada gerar o facho na cor permitida por lei - no caso, branca - é preciso que a luminosidade seja de, aproximadamente, 3.000 lúmens.

Como o custo para a adaptação às novas regras é muito alto, apenas faróis instalados nas linhas de montagem das fábricas de automóveis têm condições de atender à nova norma. Com isto, os legisladores esperam que a “festa de luzes desreguladas” se acabe.

Luz que afeta a segurança no trânsito

Ao combinar lâmpadas de xenon com faróis convencionais, fica a impressão de que o motorista está sempre andando com a luz alta ligada. “A luminosidade difusa do xenon direciona o facho luminoso a regiões inadequadas. Na maioria dos casos, isso causa forte ofuscamento dos motoristas que circulam no sentido contrário, podendo provocar graves acidentes”, alerta o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares (www.imo.com.br).

O farol com iluminação irregular é uma ameaça ao trânsito. “O motorista que vier no contrafluxo de movimento pode ficar encandeado com a luminosidade do xenon, porque esta é uma luz bem mais intensa do que uma luz normal. Com esse ofuscamento, ele pode ficar de um a três segundos sem conseguir enxergar bem, o que pode ser o suficiente para causar um acidente”, alerta Centurion.

Dirigir à noite com segurança

“Juntamente com o ofuscamento causado pelos faróis dos outros veículos, a incapacidade de enxergar a certas distâncias são as principais queixas de quem dirige à noite”, afirma o oftalmologista Fabrício Witzel, que também integra o corpo clínico do IMO.

Segundo o médico, os cones e os bastonetes são as principais células da visão. Os cones, no centro da retina, garantem a nitidez de imagens e cores. Já os bastonetes, na periferia dos olhos, proporcionam imagens com ângulos mais abrangentes, embora pouco detalhadas. O desconforto de muitas pessoas com a direção noturna pode ser explicado pela falta dos detalhes nas imagens. Isso porque os cones funcionam bem apenas com iluminação.

Motoristas com fotofobia também sofrem com o ofuscamento. "Eles são muito mais sensíveis à luz e os faróis atrapalham demais", afirma o oftalmologista. Para evitar o incômodo do ofuscamento, Fabrício Witzel recomenda o uso de óculos especiais. "Lentes com filtros amarelos aumentam o contraste à noite, acentuando as imagens e separando melhor os estímulos luminosos", diz o oftalmologista.

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