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SEÇÃO
Medicina e Saúde
07/02/2009 - 13h00
O que o verão não traz de bom
Denise Coimbra
 

No retorno das férias muitas mulheres trazem fora da bagagem um fungo que as acompanhará até nossa clínica ginecológica e, por se tratar de uma patologia tão comum, é possível o médico ouvir o início da queixa já com a caneta em punho, pois a "candida albicans" vem fazer visita à nossa cidade.

Considerada uma DST (doença sexualmente transmissível), a candida é adquirida por contágio direto (relações sexuais) ou contágio indireto por toalhas úmidas e objetos, como roupas contaminadas. Há ainda fatores outros que colaboram no seu aparecimento, como: diabetes, antibioticoterapia prolongada (imunossupressão), uso de anticoncepcionais e - é claro - a gravidez.

Certamente o corpo está focado no cuidado com o bebê e não tiraria férias, logo o pH vaginal deve ser mantido ácido para a proteção contra diversas bactérias. A grávida também apresenta um aumento do conteúdo glicogênico na vagina, induzido pelo aumento do estrogênio no epitélio vaginal, adequada ao desenvolvimento deste fungo. Nas relações sexuais, a mulher grávida está ainda exposta à contaminação por meio do parceiro. Em nosso meio, 5% das gestantes apresentam este fungo.

Por isso, a consulta que seria mensal é antecipada com queixa de ardência, dor na relação, secreção branca (tipo leite coalhado) com placas brancas aderidas à parede vaginal, mas talvez as fissuras sejam a grande queixa da grávida - já habituada a um meio tão ácido - já o marido queixa-se de ardência pós relação. Ao exame clinico, o intróito vaginal apresenta-se vermelho com dor à micção (urinar). A gestante faz referência ao prurido (coceira).

A candidiase apresenta-se sobre forma de hifas (placas brancas) ou esporos, formas mais resistentes que podem ser vistas no exame a fresco, na citologia oncótica (papanicolaou) ou cultura. Mas, considerando o lugar de férias e o plantão permanente do balconista da farmácia, a solução menos desastrosa é antagonizar um meio tão ácido usando bicarbonato de sódio em banho de assento ou iogurte ou a conhecida violeta degenciana a 2% com emborcações de algodão embebido. No retorno das férias, o tratamento para o marido é via oral e um creme vaginal para a gestante.

Por isso, no verão a gestante deve usar roupas leves, se possível de algodão, com muito protetor solar para não ativar a melanina evitando manchas na pele, hidratantes, repouso de três horas por dia em três períodos, pois o bebê está a caminho em trabalho constante e não tem férias.


Nota do Editor: Denise Coimbra é Ginecologista e Obstetra formada pela Santa Casa de SP, especialista em Saúde da Mulher, dispõe de dois sites: www.gravidezfacil.com.br e www.dradenisecoimbra.com.br

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