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Opinião
14/02/2009 - 11h03
Os olhares sobre os mapas
Juliano Sanches
 

A população vive situações de servidão tão fortes como às da Colonização do Brasil. A alimentação industrializada, os programas de reality show e as religiões da moda são idolatrados pelos jovens e, por isso, conduzem a situações de servidão. A maior parte dos jovens e dos adolescentes prefere se comportar bovinamente diante de tudo que os grupos dominantes pregam do que refletir sobre o que procura na vida. A maioria não quer buscar referências a partir do autoconhecimento, das suas experiências pessoais e singulares. Ora, tentar se conhecer é traumático para alguém que é domado a pensar que as respostas estão nos outros, ou melhor, em perguntar “o que você acha?”.

As pessoas querem que os outros “achem” para elas, ao invés de se colocarem em busca de seus próprios mapas internos. O tesouro-conhecimento de si é formado por um mapa-referencial. Quando se fala em sexualidade, por exemplo, se pensa no mapa do terno, que é o conjunto de referenciais de afetividade e afinidade. Mas, temos vários tipos de mapas. Os nossos registros genéticos, culturais, espirituais e morais fazem parte dos mapas. Quando temos afinidades com as características de uma determinada pessoa, os nossos mapas internos se interagem com os dela. Nesse processo, as energias são trocadas e entram em estado de concórdia.

Os mapas apresentam muitas características sobre a pessoa, porém não são palpáveis como o dinheiro e o imóvel. São reconstruídos diariamente pelas experiências do dia-dia. O contato com as pessoas agrega novos elementos aos nossos mapas. Isso porque ajuda a entender o funcionamento do tato das relações humanas, ou seja, das nossas potencialidades de reação diante de determinados estímulos exteriores.

Mesmo em momentos de agressão, por carregarem referenciais de resistência, as pessoas conseguem se livrar do aborrecimento e da violência física. Mas, é preciso treinar e aperfeiçoar os mapas internos. São eles que confrontam a exterioridade. Ao observar as atitudes, a pessoa começa a entender os conteúdos gravados internamente. E isso reforça a capacidade de lidar com os conflitos sociais, com as inseguranças. Ao invés de procurar seguranças passageiras, a pessoa precisa amadurecer as forças internas de coragem. A coragem é inteligente porque abastece a pessoa com o sentimento de agir. Uma vontade de agir que enfrenta as ameaças e as oposições exteriores. A luta, a coragem e a resistência são instrumentos de realização. E, por isso, quando postos em prática, causam espanto aos que estão acostumados com a mesmice. E, acima de tudo, esses instrumentos iluminam a resolução das situações.


Nota do Editor: Juliano Luís Pereira Sanches é jornalista, folclorista, fotógrafo e poeta. Colaborador do Portal Sorocult (www.sorocult.com), do Portal Comunique-se (www.comunique-se.com.br), da revista on-line O Guaruçá (www.ubaweb.com), e do Portal Mário Lincoln do Brasil (www.mhariolincoln.jor.br). É colunista do Jornalzen (www.jornalzen.com.br), de Campinas, e escreve esporadicamente para o Jornal Correio Popular de Campinas (www.cpopular.com.br). Escreve regularmente no blog "Casa do Juliano Sanches" (casadojulianosanches.blogspot.com).

 

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