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Opinião
22/02/2009 - 12h05
Eles são todos palestinos
Mario Guerreiro - Parlata
 

O saudoso Roberto Campos ficava impressionado com a grande capacidade do povo brasileiro cultivar os heróis errados e sustentar as idéias mais tortas. Nestes particulares, o Jornal da Associação dos Do(c)entes da UFRJ é incomparável.

Durante o recente conflito no Oriente Médio, o referido jornaleco publicou um artiguete intitulado: “Somos todos palestinos”. Todos, menos eu! Vale citar aqui o dionisíaco Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra!”. Mais eis como o referido artiguete mancha com tinta o puro branco do papel:

“Uma grande manifestação contra o extermínio do povo palestino praticado pelo Estado de Israel nas últimas semanas na Faixa de Gaza reuniu mais de mil pessoas na Cinelândia, Centro do Rio, na tarde da última quinta feira, dia 8.” (Jornal da ADUFRJ, 13/1/2009).

Como se vê o Estado de Israel – sitiado pelos bárbaros, cercado de terroristas muçulmanos por todos os lados - é qualificado como “genocida”. O que está de pleno acordo com o pensamento do PT (Perda Total), que considera a ação defensiva de Israel contra os foguetes palestinos chovendo sobre seu território como “terrorismo de Estado”.

Mas prossegue o mencionado pasquim: “A indignação e revolta com a morte de 770 palestinos pelas forças militares israelenses foram as marcas do protesto que culminou com a queima das bandeiras dos EUA e Israel em frente do Consulado dos Estados Unidos”. (idem, ibidem).

Pode parecer uma manifestação de antissemitismo, mas não é exatamente isto. É mais uma manifestação do mais simplista antiamericanismo. O raciocínio desses microcéfalos funciona assim: é americano ou aliado dos Estados Unidos, então é ruim. É contra americano, não importando o porquê, então é bom. E é por isso que o presidente da Colômbia, Uribe, é ruim. Mas, o ditador da Vene(zar)zuela, Chávez, é bom. Israel é ruim, mas todo e qualquer país tribal muçulmano é bom.

Não é de surpreender que Osama Bin Laden tenha angariado tantos admiradores no Brasil. Há mesmo quem só não o admire por ele ter destruído as Torres Gêmeas quando devia ter destruído a Estátua da Liberdade, “ícone da opressão imperialista”.

Marco Antonio dos Santos, diretor do Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho – provavelmente mais um antro de comunistas – abriu a boca e disse: “Não se trata de uma resposta de Israel aos foguetes caseiros do Hamas” – ora, pipocas: “foguete caseiro” não é de festa de São João! Também mata! – “O objetivo desta guerra é submissão ao imperialismo norte-americano, que financia as ações israelenses na região”. Que submissão? Lembro que, em árabe, “submissão” é islam!

Já o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – provavelmente mais um pelego como o Paulinho da Força Sindical – declarou que o Brasil deve romper relações com o Estado israelense.

Penso que deve romper relações com os Estados Unidos também, só para agradar Hugorila Chávez, Primevo Inmorales e Correa Solta e Lugo Azul de Ipacaray, o famigerado Quarteto Bolivariano.

Penso ser desnecessário continuar elencando as tolices desse colar de chavões e simplismos. No entanto, reitero: não se trata de antissemitismo, mas sim de antiamericanismo em dose cavalar. O único erro de Israel é ser um antigo aliado dos Estados Unidos, desde os tempos da guerra fria quando a finada União Soviética apoiava a malfadada República Árabe Unida, formada pelo Egito e pela Síria e liderada pelo ditador egípcio Gamal Abdel Nasser.

Felizmente seu exército foi derrotado pelo general Moshe Dayan, na Guerra dos Seis Dias, e a referida república foi desfeita, para a tranqüilidade do povo de Israel.

Apêndice I: Resposta de gênio!

Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta: - Qual a diferença entre Político e Ladrão?

Chamou muita atenção a resposta enviada por um leitor (Fábio Viltrakis, Santos-SP):

- Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão: a diferença entre o político e o ladrão é que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo?

Eis a réplica do Millôr:

- Puxa, Viltrakis, você é um gênio... Foi o único que conseguiu achar uma diferença!...


Nota do Editor: Mario Guerreiro (xerxes39@gmail.com) é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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