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22/02/2009 - 07h05
Saudável e santo remédio
Corsino Aliste Mezquita
 

Li e reli, com bastante atenção, o inteligente, educado, oportuno e com todos respeitoso artigo de Celso de Almeida Jr.: “Remédio indicado” (publicado no Ubatuba Víbora em 20-02-09 e reproduzido abaixo).

Agradeço, encarecida e cordialmente, as frases generosas que, a mim, dedica. As reações da população, pelo autor percebidas e registradas no texto, posso afirmar, coincidem com outras manifestações de, alguns escribas e de inúmeros cidadãos que, para não se expor a perseguições, o fazem por e-mail, telefone e encontros ocasionais ou agendados. A energia transferida por essa legião de cidadãos de todos os credos, militâncias, níveis de formação e ocupações profissionais tem fornecido força para manter: serenidade, equilíbrio e calma, frente a calúnias, mentiras, injustiças, imputação de delitos nunca praticados e nem pensados, a publicidade oficial e para-oficial, supostamente remunerada com dinheiro público, para difamar. Esses apoios, a consciência tranqüila e constatações como a transcrita a seguir tem sido o estímulo para continuar colaborando com a exigência de transparência na administração pública.

“Mas o currículo e a moral desse homem determinado nunca serão manchados por processos judiciais, eminentemente políticos”.

Celso, você disse: “Sinto-me profundamente atingido quando homens, como os que eu citei são atacados”. Essa afirmativa é repetida, por milhares de cidadãos, cada vez que algum cidadão, quaisquer que ele seja, é desancado por ocupantes do poder ou por jornalecos alienígenas e sem nível, a seu serviço. A revolta é imensamente superior quando o desrespeito é feito ao representante máximo de nossa cidade, Deputado Federal, Clodovil Hernandes, ou a outras pessoas de vida particular e pública ilibadas. Nossa sociedade não pode tolerar passivamente o deboche, o desrespeito, a falta de educação, supostamente financiada com dinheiro público, praticada por pessoas desqualificadas e com extensa folha corrida.

Celso, o “Remédio indicado” é saudável e santo. Não tem contra-indicações na sua fórmula. Quanto aos efeitos, como avançado em anos, tenho minhas dúvidas. Velho é desconfiado. Em fevereiro de 2006 indiquei um remédio similar, genérico, quando escrevi: “Respeito à majestade e à cidadania”. Não surtiu efeito. Serenidade, reflexão, respeito, aceitação de críticas... não tem sido qualidades da trajetória política do paciente. Torço para que, VOCÊ, tenha sucesso e, EU, esteja equivocado. Charles Darwin nos ensina: “A evolução acontece e o “devir” histórico propicia mutações”.

Obrigado. Um grande e cordial abraço.

VIVA UBATUBA! Sem dengue e com políticos respeitadores.

Corsino Aliste Mezquita
corsinoaliste@hotmail.com

*

Remédio indicado
Celso de Almeida Jr.

Não sou um crítico literário.

Não tenho, também, a pretensão de avaliar os conceitos defendidos nos textos que encontro nas mídias eletrônicas ubatubenses.

A idéia, hoje, é outra.

Quero, prezado leitor, dar apenas uma amostra de como enxergo nosso cotidiano, valendo-me de alguns pensadores da cidade.

Em Maurício Moromizato não vejo economia de palavras. Noto aquele encantador entusiasmo de militante político, do tipo que eu tanto gostaria de encontrar em nossa juventude. Maurício está aí, guerreiro. Dá o seu recado com aquela disposição que precisaríamos ver em nossos políticos, defendendo o ponto chave a fomentar: o verdadeiro governo participativo.

Em Rui Grilo vejo o educador ligado às causas populares. Posso compreendê-lo bem. Convivo com diretores de indústrias da região do Vale do Paraíba. Conheço, também, presidentes de empresas de outras regiões do país. O grito de Rui Grilo é fundamentado. Ele sabe que o trabalhador que não se organiza, que não se estrutura pela defesa de seus direitos, que não cria forças suficientes para enfrentar reações inaceitáveis de seus empregadores, poderá comprometer a sobrevivência de sua família.

Rui quer, também, que a linguagem das massas seja compreendida por nossos formadores de opinião, sem preconceitos.

Julinho Mendes é aquela personalidade que toda cidade gostaria de ter. Homem ligado as nossas raízes culturais, de sensibilidade extremada, de coragem admirável, de autenticidade exemplar, mantém vivo, com seus textos e suas ações, o pensamento caiçara; seus hábitos; sua beleza. É cidadão que merece ser consultado sobre todos os eventos culturais e turísticos que a cidade promove, dado o seu conhecimento e, principalmente, a sua disposição para fazer acontecer.

Corsino Aliste Mezquita mereceria um capítulo especial. Fui seu aluno no ensino médio. Este inesquecível professor de sangue espanhol ensinou-me a respeitar, a obedecer, a cumprir o determinado no texto mais importante de nossa cidadania: A Constituição da República Federativa do Brasil. Ele, com sua contundente oratória, despertou em centenas de jovens a disposição para o questionamento. Sua fúria espanhola, muitas vezes, contrasta com nosso silêncio covarde. Daí amargar perseguições de toda ordem. O professor Corsino erra? Ora, erramos nós, todos, alunos e professores, nesta estrada da vida. Mas o currículo e a moral desse homem determinado nunca serão manchados por processos jurídicos eminentemente políticos.

Ao citar estes quatro cidadãos, cujos pensamentos traduzem os anseios de milhares de ubatubenses, busco sensibilizar o nosso prefeito, Eduardo César, para medir o impacto que avaliações equivocadas podem produzir em sua imagem. Os desabafos de Eduardo, na rádio, atacando de forma agressiva muitas vozes oposicionistas, precisam cessar. Eu, que votei por sua reeleição e vejo muitas qualidades em seu governo, sinto-me profundamente atingido quando homens como os que eu citei são atacados.

A energia jovem de Eduardo precisa fazer as pazes com a maturidade exigida para o cargo que ocupa. Tenho muita esperança de que esse segundo mandato transforme-se num período propício para o surgimento de novas lideranças, para o debate franco, com respeito recíproco. Para tanto, o funcionário público número 1, tão admirado por sua simpatia e disposição, precisa avançar e assumir de vez o seu papel nessa importante fase da história de Ubatuba.

Paz e democracia formam uma dupla imbatível para a construção de nosso futuro. Praticá-las exige que, em muitas situações, utilize-se um remédio eficiente: um sincero pedido de desculpas a quem merece todo o respeito.

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