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Crônicas
24/02/2009 - 18h07
A mais de duzentos por hora
Seu Pedro
 

Ainda como adolescente, me dava arrepios quando Roberto Carlos, acelerando seu carro, na canção, chegava aos duzentos por hora. No final da letra ele diz: “Eu vou, vou voando pela vida / Sem querer chegar”. Hoje continuo me arrepiando com os roncos das motocicletas, que beiram os duzentos por hora na vida real e, diferente da canção, podem suas velocidades serem interrompidas a qualquer momento.

Não é à toa que a imprensa noticia: “A taxa de mortalidade das vítimas de acidentes de motocicletas, registrados nas capitais brasileiras, mais que quintuplicou em dez anos”. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), no primeiro ano da série de dez, 0,4 pessoa para cada mil habitantes das 27 capitais do país morreram devido a lesões causadas por acidentes de motocicletas. Em 2005, a taxa atingiu 2,3 pessoas para cada mil habitantes, apontando um crescimento de 475% durante o período.

As pesquisadoras Maria Helena Jorge e Maria Koizume – duas das autoras do estudo – dizem que um dos motivos da alta é o aumento da frota de motos nas capitais. A pesquisa apresentada por elas aponta que, de 2002 a 2006, o número de motos para cada mil habitantes subiu de 26,4 para 39,8 – aumento de cerca de 50%. Mas como se explica que os acidentes não tenham estabilizado em igual proporção? Cerca de cem pessoas morrem por dia no país, vítimas de mais de mil acidentes de trânsito.

O pior de tudo é que se o imprudente morresse em paz, o suicídio seria uma opção sua. Sim, porque quem ingere o veneno da velocidade, da imprudência, das costuras no trânsito, é um suicida e prestará contas a Deus. Mas eles têm levado a vida de muitos inocentes. Contra os meus pensamentos democráticos, entendo que haverá de se endurecer a Lei, pois as proporções estão altas. Ganham à conivência do álcool na direção, e não vejo motocicletas serem confiscadas, como confiscam os demais veículos que servem ao trafico de drogas. Razão para isto há, afinal, são duas drogas sob o mesmo selim: o álcool que é uma droga lícita, mas é droga, e a droga do motoqueiro imprudente.


Nota do Editor: Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.

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