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Medicina e Saúde
01/03/2009 - 12h02
Como reduzir a ingestão de sal?
Márcia Wirth
 
75% do sal que consumimos vêm dos alimentos industrializados. Apenas 25% origina-se dos alimentos naturais e do sal acrescentado na hora do cozimento ou de temperar a saladinha

Uma pessoa saudável deve ingerir no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá rasa. Mas o brasileiro consome diariamente quase o dobro disso, principalmente porque o cloreto de sódio está presente em muitos alimentos industrializados. “É importante saber que o sal é um alimento essencial para o bom funcionamento do organismo. Ele é uma mistura de cloreto de sódio, iodeto de potássio, ferrocianeto de sódio e alumínio silicato de sódio. Tanto o sódio quanto o potássio ajudam na manutenção da pressão sangüínea, uma vez que regulam a passagem de líquidos pelas células”, afirma o geriatra Eduardo Gomes, especialista em terapia ortomolecular, diretor da rede de Clínicas Anna Aslan (www.annaaslan.com.br).

Segundo o médico, o sódio também atua na transmissão de impulsos nervosos em todo o corpo, permitindo assim o funcionamento do cérebro e o controle de nossas funções vitais. Já o cloro é fundamental para o processo digestivo. No estômago, ele é a base para o suco gástrico, que “quebra” e ajuda a digerir os alimentos. Também aumenta a capacidade do sangue de carregar gás carbônico das células para o pulmão. “O cloreto de sódio está presente em todos os tecidos e fluidos do organismo humano, como o suor e as lágrimas”, diz o médico.

Muito sal

Devido à sua rica composição, a falta de sal no organismo pode, por exemplo, causar distúrbios mentais, hipotireoidismo, abortos espontâneos, nascimento de bebês mortos e de crianças com baixo peso. “Isso não significa que o sal pode ser consumido em abundância. Como qualquer outro alimento, ele precisa ser ingerido na quantidade adequada para produzir benefícios e afastar os riscos ligados ao seu consumo excessivo”, defende Juliana Schmitt, nutricionista da rede de clínicas Anna Aslan da unidade de Porto Alegre.

O brasileiro tem comido sal demais como conseqüência direta da industrialização. Passamos de um país que planta e come o que colhe na lavoura, para um país que se industrializou e, agora, come alimentos processados ou industrializados. Isso pode parecer otimista, pode parecer vantajoso, mas é preocupante, uma vez que passamos a comer sal demais.

Para conseguir consumir o sal na medida certa é preciso saber que o sal é diferente de sódio. Muita gente acredita que são sinônimos e na hora de ler os rótulos dos produtos só levam em consideração a quantidade de sódio, que é apenas um dos componentes do tempero. Essa é uma conduta incorreta, que leva a conseqüências perigosas. Isso porque a pessoa pode fazer o cálculo nutricional do seu consumo diário de sal, tomando como referência o sódio. “Só para se ter uma idéia, de acordo com as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, editado em 2006, uma pessoa deve consumir no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá rasa. Ocorre que a quantidade total de sódio nestas 5 gramas é de apenas 2 gramas. (Cada grama de sal contem 400 mg de sódio). O problema é que os produtos industrializados se limitam à quantidade de sódio na embalagem — e não de sal —, induzindo o consumidor a achar que está consumindo uma quantidade menor de sal”, alerta a nutricionista.

Praticamente todos os alimentos industrializados contêm sódio. Do pão integral ao refrigerante e até mesmo os sucos artificiais em pó. Os campeões são os embutidos (presunto, salame, mortadela, salsicha) e defumados, os caldos concentrados e temperos prontos, as sopas instantâneas, os salgadinhos industrializados em pacotes, os queijos amarelos, os pratos prontos congelados e as conservas.

“Quem come fora regularmente, tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo. A melhor estratégia para conseguir isso ainda é evitar o saleiro, uma vez que os alimentos já são normalmente preparados com mais sal e as saladas podem ser consumidas utilizando apenas o azeite, fazendo com isso, que caia a média de ingestão de sal na refeição”, aconselha a nutricionista Juliana Schmitt.

5 passos para reduzir o consumo de sal:

1. Use o mínimo de sal no preparo dos alimentos, substituindo-o por temperos naturais como alho, salsinha, cebola, orégano, hortelã, limão, manjericão, gengibre, coentro e cominho;

2. Evite temperos industrializados como ketchup, mostarda, molho shoyu e caldos concentrados. Atenção para o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos e nas sopas de pacote;

3. Cuidado com as conservas como picles, azeitona, aspargo, patês e palmito, enlatados como extrato de tomate, milho e ervilha - alimentos conservados em sal e os salgadinhos como batata frita, amendoim salgado, cajuzinho;

4. Evite carnes salgadas como bacalhau, charque, carne-seca e defumados;

5. Nunca tenha um saleiro à mesa.

(Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão)

Menos sal

“Embora todos se beneficiem da redução do sal, pessoas com hipertensão arterial, doenças cardíacas e hepáticas que causam retenção de líquidos e insuficiência renal devem reduzir o sal como parte fundamental do seu tratamento, pois o excesso de sal causa maior retenção de água e pode agravar essas condições clínicas”, recomenda nutricionista da Anna Aslan.

Veja a seguir os casos clínicos onde a ordem é reduzir o sal:

· Hipertensão arterial: o cloreto de sódio é um dos responsáveis pela retenção de líquido no organismo. Com isso, há um aumento no volume de sangue que circula pelos vasos sangüíneos, o que eleva a pressão arterial;

· Doenças cardiovasculares: a elevação da pressão arterial também é um fator de risco para as doenças cardiovasculares;

· Problemas renais: o consumo excessivo de sal, ao causar hipertensão, sobrecarrega os rins, alterando a função destes órgãos e colaborando para o acúmulo de substâncias tóxicas no sangue;

· Retenção hídrica: o excesso de sódio no sangue eleva a retenção de água, o que pode provocar, além de inchaço, edemas pelo corpo.

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