Extra! Extra! Está aberta mais uma sessão do nosso bom humor picante capaz de curar qualquer ressaca, mau-olhado, ou picadura do “Besouro Verde” em época de reais bicudos. Se não for empurrar com a barriga, empurra com outro lugar, ora bolas. E já que andam dizendo por aí que o duro é corrigir o verbo, ô gente que trabalha a duras horas e a sol a pino pra ganhar seu dinheirinho suado e construir tantas mansões, castelos de areia, resorts, e tudo nas costas dos nossos hermanos descamisados, que é de doer nos tímpanos. Daí que se algum diretor atento resolver gravar um longa-metragem com o título “Os ETE’s de Brasília estão chegando”, vai bater bilheteria. Só que nessa a cidade de Varginha pode perder população em ordem crescente. E quem sabe uma nova chamada para a origem do PDOM (Partido Democrático Ordinário das Mansões) renda votos em números dobrados bem antes de 2010. E onde nessa nem mesmo as tranças da metida Rapunzel queira passar por algum reclame do plim plim ou mesmo por uma simples chapinha, concorda? Se alisar muito, escorrega até naquela hora da mais alta fidelidade. Ops. E que no caso do José Sarney, homem bom, digno do cargo que lhe foi confiado, o cãozinho perdido em dia de mudança ganhou foi um novo teto. E que me perdoem os curru-PACS que o Louro José da Ana Maria Braga poderia soltar no ar – nada a comentar das gargalhadas que ele e a dona aprenderam em algum curso de risada – ecoasse por aquelas terras outrora cantadas como a “Capital da Esperança”. Faça-me o favor, que quinze, 20 minutos de fama vale em muito na (pseudo) lição de moral da estória de qualquer bispo – peão, torre, cavalo – de sobreaviso.

Ora, ora, ora, se o jogo do empurra-empurra continua, merecemos descascar o Troféu Abacaxi (afora a República das Bananas)? Vai vendo. Se de graça é mais gostoso, ah!, então eu também quero! E sorte da nossa Primeira Dama que até o presente momento não precisou falar nada. “Pegou? Então agora solta, que tá machucando”. Aliás, ela vai falar o quê, se o Comandante fala por todos. Fala até pelos cotovelos! O duro, idem, além de corrigir, é da gente assimilar o verbo: “Rei, reina; governador, governa, e o deputado...”. Sentiu a malvadeza? Prazo de validade também é outra tônica que nem é preciso ser muito expert no assunto e que no caso “deles” passa mandato, entra mandato, e não pega poeira, não solta as tiras, nem tem cheiro de selo de garantia. Meu Deus! O hábito ainda faz o monge? Evoluímos ou retrocedemos no túnel do tempo? No mundo da lua só há o seu (có) Cosmo e uma vaga lembrança da geração de “Perdidos no Espaço” (Lost in Space, 1965-68). Bora lá pesquisar a agonia da família Robinson e do Major West querendo voltar pra casa e ficar livre das trapalhadas do hipotético coronel Zachary Smith? Salvo casos, e nada a comentar sobre “El ’Fenômeno’ Gordito” na hora do gol, carregar peso extra foi sempre uma temática até para os mais adeptos da paixão nacional.

A propósito, tudo bem que a piada pode ser de mau gosto, mas, que em certos casos, é motivo de se discutir em Plenário, sim, senhor! E cadê o meu “polenguinho” que tava aqui? Vossa Excelência engoliu, é? Xô encosto, xô coisa ruim, sai dele, sai de mim. BBB’s nas costas do patrocinador virou ponto de referência pra sair do anonimato. Com faturamento de 280 milhões pra “Vênus Platinada”, o prêmio oferecido ao pobre confinado virou foi uns trocados na bolada da casa, há quem acredite, mais vigiada do Brasil. E que o filme “Quem tem um amigo tem um milhão”, uhuuu, só falta cancelarem a minha inscrição pra 2010. “Bial, tô esperando sentado na fila porque ’empézão’ cansa na canela”. Que a minha senha bancária ficou foi: “TÔDURO”. Tô duro mas posso ficar mole! De repente umas “verdinhas” do tipo “faz-me sorrir” cura qualquer humor picante.

Já que na pressa é também da gente lembrar da metamorfose do Franz Kafka que resultou numa inofensiva e odiada barata hoje antenada com o mundo da net e que na versão do finado, porém imortal, Raul Seixas, acabou numa pobre mosca afogada no prato de sopa. Cambistas tinham mais é que distribuir tickets e vale-conhecimento e faturar bem na lista de pagamentos daquela gente que não tira o terno nem a gravata mesmo na hora de dormir porque prefere acordar dizendo que tá trabalhando duro e comendo no mole. Tipo mexido de lula (ops) no copo descartável, dizendo que estão contribuindo. Pra não ter trabalho de mastigar, porque quem mastiga é a gente mesmo, claro. O quê, alguém aí na fila citou o uso de detentor de mentira que (dizem os mais antigos) usar de pernas curtas? Vai vendo. O ano promete muito mais que uma simples reciclagem dos atores globais que mal desceram a tumba numa novela e ressuscitaram na outra. Ou vamos lá estar errados de pichar que muitas vezes a segunda versão nem deveria ter saído do papel? Vai vendo...

Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.