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Opinião
25/03/2009 - 10h08
Esses seus cabelos brancos
Faustino Vicente
 

Uma pesquisa realizada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – revelou, que o contingente de pessoas com mais de sessenta anos de idade é de 19 milhões, ou seja, 10% da população brasileira. O quinto país mais populoso do planeta, e em extensão territorial, já não é mais tão jovem como se apregoava. “Daqui a 20 anos, seremos 32 milhões de idosos. É o grupo etário que mais cresce. E é por isso que nós temos que ter políticas públicas sociais e previdenciárias eficazes. Ou seja, o idoso não é uma questão pequena. Tem que entrar na agenda de prioridades do país como algo muito sério, devido a esse enorme crescimento, que vai se ampliar mais nos próximos 10, 15 anos”.

Se essa realidade vai exigir políticas públicas urgentes por parte do governo, para o mundo dos negócios é tendência de ampliação do mercado, numa faixa etária que exige atendimento diferenciado, face a especificidade desses clientes em potencial. Este é o novo desafio para as descobertas científicas e para as inovações tecnológicas, proporcionar melhor qualidade de vida para esse exponencial grupo de pessoas. Como essa evidência não é exclusiva do Brasil, mas mundial, a OMS – Organização Mundial de Saúde – lançou, no Rio de Janeiro, o Guia Global das Cidades Amigas do Idoso.

O objetivo dessa iniciativa é orientar todas as cidades do planeta a aproveitar melhor o potencial das pessoas da Terceira Idade. Nesse universo existe um imenso oceano de capacitações técnicas, condutas éticas, competências ecléticas, informações e experiências exemplares, acervo artístico riquíssimo e talentos raros que podem, perfeitamente, colaborar para o desenvolvimento econômico, social e cultural dos países.

A medicina preventiva ganha importância máxima, em todas as faixas etárias, pois as informações sobre alimentação saudável, prática de atividades físicas e cuidados especiais no relacionamento interpessoal, são fatores que minimizam efeitos negativos sobre determinadas doenças. A tendência do aumento da população idosa despertará, com certeza, a necessidade de mudanças nas faculdades de medicina, nas pesquisas científicas, nas inovações tecnológicas, no planejamento nas edificações e, especialmente, na qualidade da prestação de serviços para essa massa consumidora. A busca da espiritualidade e a prática de determinada religião são fatores que contribuem para o aumento da expectativa de vida.

O mundo dos negócios está atento para conquistar a massa consumidora da Melhor Idade, especialmente o turismo, que busca clientes que tenham tempo, disposição e poder aquisitivo. Estrutura física adequada, atendimento especializado na prestação de serviços e produtos diferenciados fazem parte da satisfação total dessa classe de consumidores. A diferença que fará a diferença será a oferta do “produto” mais cobiçado no mercado, principalmente, pelas mulheres: a praticidade. O delevery, os pratos semi-prontos e prontos, os sedutores shopping centers, transporte municipal gratuito, os atendimentos com exclusividade em todas atividades comerciais, e assistência médica de excelente qualidade (gratuita), são fatores essenciais para a qualidade de vida dos idosos.

O maior desafio, para a qualidade de vida dessa faixa etária, reside nos baixíssimos valores dos benefícios que o INSS paga a grande maioria dos aposentados e pensionistas – um salário mínimo - , valor insuficiente para a própria sobrevivência com um mínimo de dignidade. Não poderíamos deixar de destacar a lição exemplar que muitos idosos prestam para o chamado Terceiro Setor - movimento de voluntariado de responsabilidade social.

Com a expectativa de que haja uma significativa evolução no respeito aos idosos, destacamos a seguinte mensagem: “se você é uma pessoa idosa alimente a esperança de nunca ficar velha”.


Nota do Editor: Faustino Vicente (faustino.vicente@uol.com.br) é consultor de empresas e de órgãos públicos.

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