Tevê à manivela
Como diz o ditado “quem conta um conto, aumenta um ponto”, afinal o mar está ou não está pra peixe dentro desta nova tônica de “onda vai, onda vem, e a gente nunca nem?”. Os nossos surfistas devem estar mais é querendo partir pro Havaí já que por lá as ondas oceânicas provocadas pelos ventos são de tamanho família. Nessas horas tamanho importa em longa escala e até em ressaltar a grosso modo o que o nosso Comandante-lá disse da crise não ter atravessado o Atlântico em larga extensão e aportado de mala e cuia – com gigantes contenderes – por aqui, sugerindo que o gringos (Well!) resolvam a questão financeira mundial. Crise a vista? Não bastasse aquela dos nervos, oras bolas. Só se ela atravessou foi boiando de forma clandestina pelo Velho Chico. Muito pelo que, se é que ninguém explicou em frente aos holofotes televisivos, ela singrou há muito pelos nossos mares desde a época que aquele timoneiro nada míope, gritou: “Terra a vista”. Junte-se a isso as tais maresias e as ressacas surgidas muito antes dos bafômetros e da respiração boca a boca capaz de sugar qualquer dentadura postiça na hora do aperto. A propósito, ainda que de tabela, bafo de onça deve servir bem nas telenovelas que continuam ensinando que tudo é motivo pra mais um copo e ponto final. Aonde é que fica o endereço do alambique global é que não sabemos. Ou as tomadas – e “goladas” a dois dedos na vertical – descem redondas desde o aeroporto de Viracopos. Olha a malvadeza! Na ala dos bebuns de sentinela, tenha santa paciência. Por onde andará Marta, heim? O que, não tem mais tango argentino nem salto alto na parada? Pra mim o meu amigo Tel continua o tal. E quanto ao lado do bom mesmo, e bem dizendo, vai que nessa onda de medir proporções, “já que o mar não está pra peixe, nem sereias” (ops), e, sim pra tubarões, também quero a minha doação eleitoral de campanha! Muita gente não levou? Fazer plástica, em certos casos, deveria esticar pensamento e boas recordações. Claro, tem desculpas que eles esticam até no microfone de karaokê, pensando que estão no ar, gravando. Tá em cadeia, digo, em rede nacional? Só que com a gente no espaço, né? Que eu também quero entrar de crachá autenticado na lista do Barack Obama, porém, longe das vistas fulminantes daqueles seguranças feito “homens de preto”, que fuzilam qualquer suspeito acima de qualquer suspeita. Disso não abro mão. Nem pro Wilson nem pro Adilson. Aliás, como lista por aqui é coisa que não falta, ganhamos longe do famoso “listão” da Telefônica, comigo lembrando é do riso-sorriso daquela famosa atriz e garota-propaganda do “Faz um 21”. Faria até mais. Daí, uma vez que se passamos (ou seria escorregamos?) da “Era do Gelo” pra era da globalização, efeito estufa, “bios”, Glasnost e Perestroika, atingindo a “Era dos Humanóides”, carros voadores e namoro virtual – que sai mais em conta, justamente numa época de reais magrinhos, quem se habilita a um novo test drive agora com o Rubinho e o Fenômeno tocando no câmbio numa marcha só? Amor à primeira vista também foi sempre um quê a mais na vida do Drácula que tinha ódio da capa preta, problemas de coluna e ter que dormir no caixão apertado. Vai que ele encontrasse aquela modelo “robô japonesa” numa daquelas ânsias de sede do tipo B positivo e “sangue do meu sangue”, vixe! E que esperteza mesmo ninguém pode negar a do rato ter roído a roupa do rei de Roma e que não podemos negar do pobre roedor sair dando risada sem nunca ter sido esquecido pela mais “Alta Coroa”. Agora, se essa rua fosse minha de verdade, eu mandava mesmo era recapear! Ah, sim, disseram que ela foi vista em “Mi Buenos Aires”, ao som de um “bandoneón”, ojos claros, salto alto meio batido, ouvindo notícias repetidas de ontem do nosso Comandante-companheiro-lá, vibrante por um palanque. Giramundo! Se enturmando, decifrando línguas, linguajados, algo assim do tipo daquele remake noveleiro, colocando as barbas de molho... “Já que se não saímos do primeiro parágrafo... dá-lhe novamente o reprise”. Algum palpite? Farol baixo por causa do novo paredão? Só não vamos esquecer que tem ainda aquela do “segundo disseram”, claro, na pele do primeiro e verdadeiro sujeito da história. E que cópia ampliada, muitas vezes, passa a ser (no óbvio do assunto) outro grande problema. Se essa marolinha fosse somente minha, sim, senhor! Por hora, relaxa. (o outro você faz depois). – Um cafezinho? – Tá coado? Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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