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Opinião
13/04/2009 - 17h08
O governo, o MST e o crime
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A ministra Dilma Roussef, candidata do presidente Lula à sua sucessão, marcha para um terreno perigoso. Assessores palacianos preparam seu encontro com lideranças do MST e de outros ditos movimentos sociais, com o objetivo de vencer as resistências que esses grupos têm à ministra, por eles considerada conservadora, partidária do agronegócio e descompromissada com a questão ambiental. Mas o tiro pode sair pela culatra. Conforme forem encaminhadas as tratativas, a candidata poderá ganhar a desconfiança de setores hoje pró-Lula que no passado já tiveram medo do presidente.

Dilma deveria, antes de desfilar ou reunir-se com os “movimentos”, deixar bem claro à sociedade o seu pensamento sobre esses grupos de pressão e, principalmente, o quê pensa dos crimes – esbulho possessório, depredação do patrimônio público e privado, lesão corporal e morte – cometidos por essa gente sob o cínico propósito de forçar por suas conquistas sociais.

O próprio presidente Lula tem sido complacente, fazendo de conta que desconhece os verdadeiros facínoras incrustados nos movimentos reivindicatórios. Por conta disso, tem recebido críticas, mas, nos momentos cruciais do seu mandato – especialmente na crise do Mensalão –, recebeu o apoio explícito do MST e seus congêneres, que marcharam em apoio ao governo. Dilma, no entanto, pode não ter tanto carisma e, não se cuidando, ser atropelada por um lado ou pelo outro.

As reivindicações por terra àqueles que dela necessitam para o sustento de sua família, dos que querem compensações por terem seus imóveis atingidos por barragens ou qualquer outros empreendimento que lhes cessem o prejudiquem as atividades, são justíssimas e deveriam merecer atenção maior do que o governo lhes têm dispensado. Mas o vandalismo, o crime e o desrespeito à propriedade pública ou privada não podem ser tolerados em hipótese alguma. O governo e seus integrantes têm o dever de ofício de combatê-los pois, como detentores de cargos e de fé pública, jamais devem compactuar com crimes ou ilegalidades.

Um governo interessado em cumprir as leis e avançar socialmente, tem por obrigação atender com eficiência e transparência os reclamos que vêm da sociedade organizada – inclusive dos movimentos sociais -, dizendo claramente o quê e quando vai executar. E não pode, pensando só em eleições, sucumbir dolosamente diante dos desordeiros e cultores do caos, que acabam por poluir as instituições reivindicatórias e industrializando a desordem. Para esses, nada melhor que as leis e os rigores da polícia e da justiça.

Se realmente for ao encontro dos movimentos sociais, Dilma Roussef deve ter bem claro que não orna a uma ministra de sua importância, virtual candidata presidencial, sentar-se à mesa com transgressores ou criminosos. Há que selecionar bem os interlocutores, para evitar constrangimentos...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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