Megalomaníaco é aquele que tem fixação por coisas grandes, grandiosas, ou seja como o nome diz mania mórbida ou doentia de grandeza. Há muito se ouve dizer, que o brasileiro é um megalômano e não é sem razão, quem iniciou a fase "gigante pela própria natureza", como diz o hino foi Pero Vaz Caminha com sua famosa carta ao rei de Portugal contando as maravilhas da terra então descoberta, "onde plantando-se tudo dá". Certo é que Caminha exagerou um pouco. Como mais que comprovado, não é bem assim, mas a coisa pegou, estando a megalomania arraigada em nossa cultura, que volta-e-meia explode em exageros. Prova disso sobra. Quando o governo descobre o inviável pré-sal noticia que o Brasil vai exigir sua inclusão na OPEP, pois afinal teria os maiores lençóis de petróleo do mundo. Interessante, que quando é contestado faz a maior cara de pau e finge que não é com ele. Quando vai anunciar a construção de casas populares, não se contenta como o Estado de São Paulo com sessenta mil, que é um número respeitável. Já fala logo em um milhão, número que o próprio presidente sabe irreal. Mas, barco pra frente. Falou em carga tributária é com a gente. Juros nem se fala. Chegamos ao cúmulo de bravatear que o Bolsa Família atende vergonhosos dez milhões de brasileiros. Que temos a maior cobertura florestal dos trópicos - a Floresta Amazônica - e por conseqüência um dos maiores índices de devastação de cobertura verde do globo. A megalomania tupiniquim é contagiosa. Quando uma certa entidade patrocina pesquisa para avaliar o nível de popularidade do presidente alardeia aos quatro ventos que ela é de impossíveis e improváveis oitenta e dois por cento. Logo após faz uma outra dizendo, que devido à crise (qual crise, a da verdade?) ela caiu para incômodos setenta e oito por cento, mas que o presidente agora consegue transferir seu prestígio para o candidato (!) por ele indicado à presidência. É bom mesmo. Para quem é "o cara" (não sei o que se quis dizer com isso) aos olhos do presidente americano, ter um desempenho eleitoral tão sofrível como o das últimas eleições não pega bem. Sujeito tão "o cara" ser tão ruim de voto, contradiz o que se pensa dele. Mas numa coisa somos bambas e ninguém tasca. Segundo a "Transparência Internacional" o país é um dos mais corruptos do mundo ocupando a septuagésima terceira posição. Quanto mais alta a classificação mais elevada a corrupção. Nesse item o governo Lula é o "cara". Será que Obama sabe disso? Num item nós nunca fomos os maiores: discriminação racial. Assim é que a tolerância racial está prevista na Constituição e o crime de racismo previsto no Código Penal. Mas não parece. As várias declarações do presidente Lula de cunho racista contra os brancos de olhos azuis, em tese configuram um atentado à Constituição e uma burla ao Código Penal e incitam outros fazerem o mesmo na certeza da impunidade. A intolerância racial não cabe na formação cultural do brasileiro e deste despautério não fazemos questão alguma de sermos nem os "caras", nem o máximo. Justiça nele! Nota do Editor: Luiz Bosco Sardinha Machado é o responsável pelo blog “A brasa do Sardinha” (colunadosardinha.blogspot.com).
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