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Opinião
15/04/2009 - 05h42
Spread bancário zero
Ricardo Bergamini - Parlata
 

Premissas básicas com base na média do ano de 2008:

1 - Custo de carregamento da dívida da União: 13,56% ao ano (Fonte: Ministério da Fazenda)

2 - Percentual do depósito compulsório total (remunerado e sem remuneração): 70,13% (Fonte Banco Central).

A - Se um banco tivesse a quantia de 100 dinheiros disponíveis para aplicação ele teria duas opções:

A.1 - Comprar títulos do governo federal, nesse caso seria isento do depósito compulsório e receberia no final de um ano 13,56% de 100 dinheiros, ou seja: 13,56 dinheiros.

A.2 - Emprestar ao público (empresas e famílias), nesse caso o banco teria que recolher ao Banco Central 70,13% dos 100 dinheiros disponíveis, ou seja: 70,13 dinheiros, ficando com apenas 29,87 dinheiros para emprestar.

Para obter o mesmo ganho que teria na aplicação de títulos públicos de 13,56 dinheiros no ano, o banco teria que emprestar os 29,87 dinheiros restantes a uma taxa correspondente a 3,3478 (1 : 0,2987) vezes maior do que a taxa de aplicação nos títulos públicos de 13,56% ao ano, nesse caso seria a uma taxa de 45,40% ao ano.

Resumo do exemplo hipotético:

I - Aplicação em títulos federais - 100 dinheiros a 13,56% ao ano daria um rendimento de 13,56 dinheiros em um ano.

II – Aplicação de 29,87 dinheiros a uma taxa de 45,40% ao ano daria um rendimento de 13,56 dinheiros em um ano.

Em vista do acima demonstrado, se o Spread bancário no Brasil, hipoteticamente, fosse de zero o custo financeiro de mercado na média de 2008 teria sido de 45,40% ao ano.

Nota: Qualquer alteração no acima colocado depende, única e exclusivamente, do governo federal.

Spread bancário

É composto das seguintes despesas: administrativa, inadimplência, custo com depósito compulsório sem remuneração, tributos, impostos e taxas.

O percentual varia em função de cada tipo de operação, bem como de banco para banco, o que fez com o juro de mercado tenha variado, no ano de 2008, da média de 68% ao ano até 174% ao ano para cheque especial.

Nota: Quaisquer alterações nos tributos, impostos e taxas dependem, única e exclusivamente, do governo federal.

Como acima comprovado podemos afirmar que 80% das variáveis que compõem a taxa de juro de mercado absurda, dependem, única e exclusivamente, do governo federal. E não será com discursos demagógicos que o assunto será resolvido.


Nota do Editor: Ricardo Bergamini (rbfln@terra.com.br) é economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de 1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua - Nuclebrás - Multifrabril – IESA. Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

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