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Opinião
01/05/2009 - 07h01
A gripe suína e a humanidade
Fernando Rizzolo - Pauta Social
 

A fragilidade humana diante da natureza passa a ser assustadora quando nos deparamos com as novas doenças que surgem, principalmente aquelas relacionadas à infectologia. Na história da humanidade muitas foram as pestes que assolaram populações inteiras, e a problemática das epidemias sempre foi alvo de estudo da ciência e da medicina.

Os conceitos de transmissão das doenças contagiosas avançaram muito, e hoje podemos de forma clara constatar a origem das doenças transmissíveis. Contudo vale salientar, que se houve avanços em relação à pesquisa no campo da infectologia, no tocante às causas que propiciam o desenvolver das novas doenças, permanecem estas inalteradas, e de certa forma até potencializadas face ao abandono e ao abrandamento dos princípios básicos de fatores preponderantes e desencadeadores das propagações.

O aumento populacional, o estilo de vida, a ingestão maciça de carne animal, bem como a produção de grãos visando à criação cada vez maior de aves, suínos e bovinos - confinados estes, em grandes núcleos populacionais - nos remete a uma reflexão sobre esse meio de cultura perigoso, onde animais e seres humanos passam a ser atores biológicos, no desenvolvimento de novos tipos de vírus e bactérias.

Já no Antigo Testamento (Torah), as doenças contagiosas eram narradas com a descrição e a forma de prevenção, as quais surgiam dentro de um modelo religioso onde a caracterização das mesmas continham conotações de estilo de vida que esbarravam nos conceitos de alimentação e de obediência a Deus. Na verdade, a imposição das normas vinha de encontro aos principais conceitos até hoje observados, no campo da infectologia e da saúde pública. A gripe suína nos leva a uma profunda reflexão sobre a nossa relação com os animais, com a natureza, com o ecossistema, e acima de tudo sobre o fato de cada vez mais tornarmos o nosso hábito alimentar, num ato de paz em sintonia com natureza, libertando assim os animais da triste missão covarde de fazê-los nos alimentar. Vamos libertar os animais, e quem sabe assim possamos nos libertar das pestes que nos aprisionam, e da triste violência sem limite contra os seres vivos.


Nota do Editor: Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, ex-professor universitário, participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, e membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, articulista colaborador da Agência Estado e editor do Blog do Rizzolo (www.blogdorizzolo.com.br).

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