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Opinião
03/05/2009 - 13h02
Os limites da propaganda partidária
Afonso Caramano - Observatório da Imprensa
 

A arena política parece armada para as eleições de 2010 – e a propaganda partidária demarca seu território nessa disputa preliminar em que se estabelecem acordos prévios e se firmam posicionamentos, principalmente os partidos oposicionistas, como o PPS (Partido Popular Socialista), que desde a semana passada tem feito inserções na TV, com suas figuras mais representativas criticando a política do governo federal.

Até aí nada de novo, sempre haverá discordâncias e críticas, o que é próprio do sistema democrático. Ademais, há leis que regulamentam esse tipo de propaganda. Entretanto, poderia se questionar quais os seus limites (e limitações) – e não se ressente aqui a falta de qualquer censura, fique claro. Apenas se quer alertar para o vale-tudo que desponta, a exemplo de uma dessas inserções (nos dias 21 e 23/04, e mais duas previstas para 25 e 28/04) em que se critica a intenção do governo em "mexer na poupança", como o fez Fernando Collor de Mello.

Talvez fosse pertinente dizer que não se explica em momento algum o que significa efetivamente "mexer na poupança" – o telespectador (eleitor) só tem a deduzir, uma vez que se faz referência a Collor, que se trata de outro confisco. Uma maneira um tanto temerária de se fazer propaganda partidária. De certa forma, comete-se o mesmo erro que se pretende criticar, sem trazer esclarecimentos. E novamente se acena com o medo e o temor num horizonte de crise.

Repensar os projetos

Todos conhecemos as carências e o déficit educacional e de informação da maioria da população – muitos têm a televisão como a principal, senão única, fonte de acesso à informação. Daí não faltarem oportunistas nem mal-intencionados a se aproveitarem disso. E nem é preciso dizer que a classe política, diante de tantos escândalos, não goza de boa reputação. Para um partido que se quer diferenciar dos demais, que se quer mais ético, o PPS não parece disposto a agir de modo diferente, ou foi ao menos infeliz, pelo que se vê em suas propagandas. É bom lembrar que nem todos os cidadãos são tão ingênuos assim como se supõe.

A lisura está nos detalhes, no jogo franco – talvez os políticos brasileiros ainda não estejam preparados para isso, ou talvez suponham que o povo não está preparado e disposto a isto. Deveriam começar a repensar seus projetos e sua relação com a mídia a fim de estabelecer uma comunicação mais direta com os anseios da população – e isso deve valer para todos os partidos.


Nota do Editor: Afonso Caramano é funcionário público municipal, Jaú, SP.

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