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COLUNISTA
Sidney Borges
12/10/2004 - 18h40
Ubatubenses
 
 

Na manhã de quinta-feira, 7 de outubro, minha mulher e eu saímos para comprar ração para o nosso querido cão. O dia estava lindo, céu azul, temperatura agradável e a cidade calma e tranqüila, em nada lembrando os dias agitados da campanha eleitoral. Na porta da loja um carro estacionado exibia a sigla Inmetro, Governo Federal. Despertou minha atenção, fiquei curioso. Minha mulher não percebeu, nem deveria, aferição de balanças não é assunto que a interesse, porém interessa a mim, e muito. Como professor de Física, passei anos explicando aos alunos os conceitos de massa e peso e falando do quilograma-padrão, cilindro de platina iridiada que fica depositado em Sèvres, perto de Paris e é o padrão de massa internacionalmente usado. Com apenas 4 cm de diâmetro e 4 cm de altura, sua massa é igual a 1 quilograma. Quando vi as massas usadas na aferição, fiquei interessado, o técnico percebeu, começamos a conversar. Ele ficou radiante por poder falar de seu trabalho, atividade técnica plena de especificidade, dificilmente interessando a não iniciados. Enquanto conversávamos, Susan, minha mulher, pediu 10 reais de ração, quantia que costumamos comprar sempre. Até então ela tinha estado olhando os peixinhos dourados do aquário, os periquitos australianos, não dando maior atenção ao que eu e aquele senhor estávamos falando. O rapaz da loja levou um saco de ração até a balança, pesou e voltou com outro saco, o qual foi enchendo, enchendo, até ficar completamente cheio, o que provocou uma exclamação admirada de Susan:

- Nossa, quanta ração, você errou. Eu pedi dez reais!

O rapaz, visivelmente embaraçado, querendo se esconder embaixo do balcão retrucou que não era engano, ela é que não tinha percebido que dez reais são dois sacos cheios até a boca. A saia justa era visível, fora a Susan, todos estavam com cara de espanto!

Quando voltávamos para casa ela me perguntou o que eram aqueles pesinhos que eu olhava com tanto interesse. Expliquei e disse o que faz o Inmetro, foi aí que caiu a ficha:

- Então foi por isso que vieram dois sacos cheios. Sempre vem um e um pouco mais da metade do outro!

A cara do lojista, pego com a boca na botija, apareceu como uma holografia mágica na nossa frente. Ainda não consigo lembrar sem rir, o que me causou embaraços no trânsito, uma mulher achou que eu tivesse enlouquecido e fugiu correndo assustada!


Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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