Mais qualidade de vida para pacientes cardíacos
O marca-passo é um importante avanço da medicina no que se refere à estimulação cardíaca artificial. Trata-se de um dispositivo implantado geralmente na região torácica, logo abaixo da clavícula. Conectados a um gerador, os eletrodos estimulam e corrigem os batimentos lentos do coração, a bradicardia. No Brasil, só em 2007 foram realizados cerca de 15.700 procedimentos de implante. Estima-se que sejam cerca de 1.200 pacientes por mês. "A principal indicação de marca-passo é para os indivíduos que apresentam bloqueios cardíacos, geralmente, inferior a 40 batimentos por minuto e, mais recentemente, é empregado como auxiliar no tratamento de insuficiência cardíaca - coração dilatado. É uma ferramenta que devolve a qualidade de vida destas pessoas", explica o dr. Edison Ribeiro da Cruz, membro da diretoria da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Regional Santos, especialista em marca-passo e arritmia pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca, é indicado o marca-passo ressincronizador, que fortalece o coração, estimulando os dois ventrículos simultaneamente, reduzindo o índice de mortalidade. Se o diagnóstico for de arritmia maligna, como, por exemplo, taquicardia e fibrilação ventricular, que podem acarretar em morte súbita, é empregado outro tipo: o cardioversor desfibrilador implantável. Nestes casos, o aparelho tem a capacidade de detectar o problema, emitir o choque dentro do coração e reverter para o ritmo normal. Tipos de marcapasso - Temporários: utilizados para o tratamento de bradicardias reversíveis; - Definitivos: que podem ser unicamerais, quando apenas o átrio ou o ventrículo é estimulado/monitorado, ou bicamerais quando a estimulação ocorre nos dois. Rotina pós-cirurgia "Após a cirurgia de implante de marca-passo, o paciente precisará de uma avaliação constante, definida pelo médico de acordo com o caso e o tipo de aparelho. De maneira computadorizada, a verificação dispensa internação", comenta o dr. Edison, completando ainda que, em média, o marca-passo tem vida útil de cinco anos. Após esse período, é necessária a substituição. Os tipos mais modernos já possuem um dispositivo que interage com o aparelho e através do telefone celular, comunica ao médico, via satélite, se há alguma alteração importante no funcionamento. Desta forma, o paciente, em qualquer lugar do mundo, pode tomar as providências necessárias.
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