Dudu sempre foi um cara muito ambicioso. Certo dia, quando passava por uma esquina, achou uma lâmpada. Esfregou-a e uma fumaça saiu. De dentro, um gênio apareceu e falou: “Dudu, você precisa estudar para ser alguém na vida. Você deveria fazer ciências jurídicas. Eu serei o seu protetor, farei suas provas, farei seus trabalhos e serei fiel a ti enquanto fores fiel a mim.” E assim as coisas aconteceram... Durante o período universitário o gênio cumpriu fielmente tudo aquilo que havia proposto a Dudu: fazia suas provas, fazia seus trabalhos, enfim, o gênio formou Dudu que, após formado, com um canudo na mão e um chapéu pontudo na cabeça, se achou gente. Partiu para política. Queria ser prefeito. Seu sonho era ser prefeito... e conseguiu! Sonhava maior: copiar o prefeito da cidade vizinha, só que Dudu não tinha inteligência para tal, pois sua inteligência era o gênio, e ele traíra o gênio que, chateado, recolheu-se a sua lâmpada deixando Dudu caminhar com as próprias pernas. Dudu não sabia caminhar sozinho, tudo que conseguira na vida fora por obra do gênio, então, prefeito, decidiu fazer uma grande avenida, mas inteligência lhe faltava. E agora? Lembrou-se que na vida sempre alguém fazia as coisas por ele... chamou seu secretário de Obras, o pobre coitado tinha que fazer o que mandava. Dudu, com ares arrogantes dizia: “Aqui, onde está esse mosaico português quero que coloquem tijolinhos.” Seu secretário cumpriu e para não ficar mal com Dudu falava: “Chefe, tá lindo não?”, mas no seu íntimo pensava: “Tá uma merda isso aqui, cacete!” A moral de tudo isso é que todos devem estudar e não ficarem vivendo na cola dos gênios, ou dos amiguinhos na escola, pois serão gananciosos, porém burros. (Essa é uma obra de pura ficção. Qualquer semelhança que ocorra na vida real, em sua cidade, é mera coincidência.) Carlos Alberto G. Leite (Bacural) carlos.alberto.leite@itelefonica.com.br
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