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Medicina e Saúde
29/05/2009 - 09h02
Por que e em quem avaliar a tireóide
Rosita Fontes
 

A tireóide é uma glândula endócrina de formato semelhante a uma borboleta, localizada na região anterior do pescoço, que produz os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estes hormônios têm um importante papel em manter o metabolismo e o funcionamento normal do organismo. As alterações tireoidianas mais comuns são da função, como o hipertireoidismo (aumento da função) e o hipotireoidismo (diminuição da função) ou anatômicas, representadas pelo bócio, que é o aumento da glândula. Este pode ser de toda a tireóide - bócio difuso - ou sob a forma de nódulos - bócio nodular. Além disso, podem ocorrer com menos frequência, inflamações e infecções.

No hipertireoidismo, ocorre aumento da produção hormonal e o corpo funciona de forma acelerada. Os principais sintomas são: palpitações, nervosismo, insônia, sudorese e pele quente, tremores das mãos, perda de peso e aumento das evacuações, entre outros sintomas.

Ao contrário, no hipotireoidismo, a produção de hormônios tireoidianos está diminuída, o organismo tem as funções lentificadas e isto se manifesta através de sintomas como desânimo, sonolência, diminuição da memória, cãibras, edema (inchação), queda de cabelos, pele seca e constipação intestinal, entre outras. Deve-se lembrar que os sintomas acima podem ocorrer em outras doenças e que, por outro lado, pode existir alteração da função da tireóide, sem sintomas e sinais evidentes.

O bócio pode ocorrer em uma glândula que funcione normalmente ou estar associado às doenças que levam ao hipertireoidismo ou ao hipotireoidismo. Pode haver aumento de toda a glândula (bócio difuso) ou a formação de nódulos (bócio nodular). Esses nódulos podem ser de tamanho pequeno ou grande e únicos ou múltiplos. A maior parte deles é benigna, mas nódulos malignos, ainda que em menor proporção, também são observados.

Em todas as idades pode ocorrer doença tireoidiana: nos recém-nascidos o hipotireoidismo congênito ocorre em cerca de um caso para cada três mil a quatro mil nascimentos. Na infância e puberdade a alteração mais frequente é o bócio difuso. Nos adultos, além do hiper e do hipotireoidismo, pode-se encontrar nódulos em 4% da população. Nas grávidas, as tireoidopatias são as doenças endócrinas mais frequentes e, após o parto, 10% podem apresentar a tireoidite pós-parto, que se manifesta com hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Nos idosos os sinais de hipotireoidismo ou de hipertireoidismo podem ser confundidos com outras alterações encontradas nesta idade e, neste grupo, a tireóide é propensa a apresentar mais nódulos.

As doenças da tireóide ocorrem em ambos os sexos, no entanto, são de 5 a 10 vezes mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Por isso a recomendação para que se faça uma triagem para disfunção tireoidiana, através da dosagem do hormônio TSH, a partir dos 35 anos em todas as pessoas, é válida especialmente para as mulheres. Se o TSH for normal, esta dosagem deve ser repetida a cada cinco anos, ou com maior frequência, caso haja sintomas compatíveis com doença da tireóide ou existam fatores de risco, sendo o principal deles, a história de outros familiares acometidos.

O auto-exame da tireóide pode auxiliar o paciente na detecção de nódulos tireoidianos. Este exame é realizado tomando-se goles de água com a cabeça inclinada para trás, em frente a um espelho. Observando-se a região referente à localização do pomo de adão pode-se visualizar, abaixo dela, a tireóide subir ao engolir e descer no relaxamento e identificar eventuais ressaltos ou nódulos.

Resumindo, a fim de se detectar uma eventual alteração tireoideana precocemente é importante, já ao nascimento, realizar o teste de triagem neonatal e, posteriormente, avaliar as pessoas que tenham fatores de risco, principalmente após os 35 anos, assim como aquelas que apresentem sintomas e sinais de doença tireoidiana. O auto-exame pode auxiliar na detecção de nódulos, mas, em nenhum caso, a consulta periódica ao médico assistente pode ser dispensada. Este selecionará em que pacientes, e como, estará indicada uma avaliação complementar.


Nota do Editor: Drª Rosita Fontes é médica endocrinologista da DASA/ Lâmina Medicina Diagnóstica e Gestora de Relacionamento Médico da DASA.

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