Sabemos que a Gripe A ou Gripe Suína, doença respiratória aguda causada pelo vírus Influenza tipo A/H1N1, tem dentre os reconhecidos fatores de risco para complicações e óbito idade menor que dois ou maior que 60 anos de idade. Nestes casos e em outros, um dos maiores riscos é a gripe evoluir para um quadro grave de pneumonia. Mas isso não deixa de fazer da decisão de algumas escolas de postergar o início das aulas deste segundo semestre uma medida cautelar questionável. O cancelamento das aulas é válido se a instituição usar esta semana (ou estas semanas) para educação e preparação sobre o assunto de professores e demais "receptores" dos alunos nos colégios. Caso contrário servirá apenas para retardar em uma semana o enfrentamento do problema. E então, o que devemos fazer? Devemos, em primeiro lugar, lembrar que o importante é sempre a prevenção. Medidas preventivas como lavagem de mãos, evitar ambientes fechados, evitar levar as mãos ao rosto ao espirrar ou tossir (ter sempre consigo lenços de papel para isso), evitar contato com pessoas com sintomas de gripe (febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo) são alguns exemplos. E se um aluno ou funcionário da escola descobrir que contraiu a gripe, que outras medidas devem ser tomadas? Este aluno ou funcionário deve, a partir dos primeiros sintomas, buscar seu médico. Cabe a ele determinar o procedimento adequado. A orientação, normalmente, é a de afastamento de sete dias para a pessoa com sintomas gripais. Escolas onde não haja ventilação ambiente, em que os locais de convívio coletivo são fechados, também podem ter maior possibilidade de contágio da doença. Os cuidados preventivos devem ser divulgados de todas as maneiras para todos os públicos, incluindo os pais dos estudantes e a comunidade que circunda a escola. É fundamental a prevenção, não só para a gripe suína, mas para os outros tipos de gripe também. Vale lembrar que a mortalidade causada pela nova gripe é similar à mortalidade causada pela gripe sazonal. É pertinente a preocupação com a doença, mas não o pânico. Nota do Editor: Rui Bocchino Macedo é especialista em Medicina do Trabalho da DASA, que é representada pelas marcas Cedic/Cedilab em Mato Grossoé representada pelas marcas Cedic/Cedilab em Mato Grosso.
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