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Medicina e Saúde
14/08/2009 - 06h02
As verdades sobre os fumos alternativos
 
 
Novidades do tabaco e os velhos hábitos desmistificados

Charutos, cachimbos e mais recentemente os narguilés, em verdadeiro boom entre os jovens, além dos tradicionais fumo de corda, cigarro de cravo, cigarro de palha, ou ainda a grande novidade, o cigarro eletrônico, são algumas das variações consumidas de produtos do tabaco. Mas até que ponto sabe-se o mal que cada um deles causa? Desmistificando algumas idéias contrárias, todos podem causar dependência.

O que era antigamente demonstração de status, elegância, poder, hoje é motivo de preocupação entre a população. Os danos causados pela inalação da fumaça do tabaco são praticamente iguais para todas as formas de sua utilização. O que existe é a variação das doenças dependendo da via de absorção da fumaça.

Dados mostram que um charuto de tamanho médio corresponde, em quantidade de tabaco, a aproximadamente 70 cigarros. Assim, os fumantes de charutos apresentam duas vezes mais risco de desenvolver câncer da cavidade oral (lábios, língua, boca e garganta) laringe e esôfago, quando comparados com não fumantes. Os fumantes de charuto apresentam também um aumento de 45% no risco de desenvolverem DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, e de 27% de doença coronariana.

Segundo a Drª Irma de Godoy, professora adjunta de pneumologia da Faculdade de Medicina de Botucatu e coordenadora da comissão de tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), os prejuízos à saúde causados pelo cachimbo também são incontestáveis. "São 30% maiores as chances para doença cardíaca e quase três vezes mais risco para DPOC, além de existir relação entre o fumo do cachimbo e o aumento da mortalidade por câncer de pulmão, laringe, esôfago e outros graves problemas na cavidade oral".

Produtos do tabaco sem fumaça, como fumo mascado, ainda comum no interior do Brasil, e os preparados conhecidos como snuss, que são pequenos saches de tabaco colocados sob a língua ou entre a gengiva e a parte interna da bochecha, não são formas seguras de substituir o tabagismo, pois levam ao câncer oral e pancreático, dependência da nicotina, leucoplaquia, doença periodontal, perda óssea e de dentes, abrasão dos dentes etc.

"É possível que o uso de tabaco sem produção de fumaça seja menos letal que o uso de cigarros, mas não há dúvidas que todas as formas de utilização aumentam o risco de adoecimento e de morte prematura entre os usuários", afirma a pneumologista.

Cigarro eletrônico e narguilé: novos vilões

A febre do narguilé, um cachimbo de água, é vista diariamente entre jovens reunidos para o consumo, que o consideram uma simples e inofensiva diversão. Entretanto, a Drª Irma salienta que esse ritual deixa o usuário prolongadamente exposto à nicotina, às substâncias cancerígenas do tabaco e ao monóxido de carbono, aumentando o risco para várias doenças.

"A água utilizada no narguilé filtra cerca de 5% das substâncias, isso sem falar que muitas vezes são adicionadas outras drogas ao tabaco, além da utilização de bebida destilada no lugar da água".

Deste modo, comparado ao cigarro, a exposição é muito maior. Uma roda pode durar até 2 horas, geralmente exalando fumaça em ambiente fechado. Fumantes de narguilé, ativos ou passivos, estão em risco para câncer, doença cardíaca, respiratória e efeitos adversos durante a gravidez.

Já o cigarro eletrônico é um cartucho descartável que parece um cigarro de verdade, com uma luz fazendo as vezes da brasa. O filtro, descartável, contém nicotina dissolvida em propilenoglicol, um líquido oleoso inodoro, sem sabor e incolor, conforme explica a Drª Irma.

Ele emite uma "fumaça" sem haver queima de qualquer substância e, a cada tragada, há liberação de certa quantidade de nicotina que pode alcançar os pulmões, chegando a oferecer até 300 tragadas contra as cerca de 15 de um cigarro comum. Suas características ainda não estão totalmente claras, mas como contém nicotina, pode ocasionar dependência e, assim, facilitar o início do fumo de cigarros.

Cabe ressaltar que as saídas alternativas de fumo fazem mal à saúde em proporções iguais ou maiores do que as causadas pelo cigarro. "Formas não convencionais do uso do tabaco são potenciais epidemias do próximo século. As pessoas começam consumindo um determinado tipo e vão passando para outros. Nenhuma forma do uso do tabaco é segura", alerta a especialista.

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