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Opinião
25/08/2009 - 15h03
O papel do pai no século XXI
Eduardo Shinyashiki
 

Nos últimos quarenta anos, o mundo observou uma evolução na estrutura familiar. E, paralela a essa evolução, a presença do pai na educação e formação dos filhos também mudou. Afinal, após tantas revoluções femininas no mundo dos negócios, seria de se estranhar que o papel masculino continuasse o mesmo, sem o surgimento de novos deveres e o desaparecimento de alguns velhos.

Definir o papel do pai na família é uma tarefa árdua, para não dizer improvável de ser realizada, já que o homem não representa um papel rígido e fixo na estrutura familiar. Em tempos nos quais o divórcio é completamente natural e a adoção por parte de casais de mesmo sexo já é mais aceita, o papel de pais e mães no seio da família é mais elástico e não tão padronizado como antigamente. Mesmo assim, algumas características persistem e a discussão sobre elas só tem a fazer crescer a qualidade da educação provida por pais envolvidos ativamente na criação de seus filhos.

Em síntese, o papel paterno representa a relação dos filhos com o mundo externo, ou seja, a abertura para a sociedade, o impulso de se tornarem adultos. Também indica o ingresso da criança no contexto social, em contraposição ao mundo íntimo representado pela relação entre mãe e filho. Ao mostrar, de maneira clara e serena que existem regras e limites no mundo, o pai ajuda os filhos a crescerem emotivamente preparados para enfrentar com segurança o mundo externo.

São vários os pontos na atuação do pai que determinam a criação de uma base firme para a vida futura de seus filhos. Entre eles, o compartilhar do tempo livre para brincadeiras e atividades conjuntas, a abertura ao diálogo e a extinção dos tabus, a atenção ao mundo da criança e, finalmente, a maneira como o pai responde as exigências e comportamentos do seu filho. Quando colocadas em prática de forma equilibrada, esses pontos destacados solidificam a base emocional sobre a qual a criança irá se desenvolver, para se transformar em um adulto emocionalmente bem estruturado e de bem consigo mesmo.

No caso de pais separados, realidade cada vez mais comum, o ideal é que a educação dos filhos não seja delegada a um só dos cônjuges. Dividir deveres, cuidados e momentos de lazer é um fator importante para o desenvolvimento saudável das crianças. Porém, o fundamental no caso de pais separados (e não só), não é tanto quem faz o que e quando, mas que o pai e a mãe não enviem mensagens díspares para a criança, que exponham algum contraste de valores ou tenham atitudes que criem conflito, angústia e confusão na cabeça dos jovens. É importante que a comunicação e as atitudes do pai e da mãe se completem mutuamente, no principio do amor, do respeito e do dever de criar um filho.

A atitude do pai de estar presente e envolvido na vida dos próprios filhos, com disponibilidade emotiva para responder as suas necessidades, é de extrema importância no saudável desenvolvimento afetivo das crianças. Muitos pais pensam que sua relação com o filho deve ser um pouco mais distante do que com a mãe. Mas a partir de vários estudos, afirmo que quanto mais os filhos se sentem em conexão com o pai, mais confiam na vida, em si mesmos e nos outros. Criar um vínculo afetivo e íntimo, de empatia e confiança, ou seja, estar em conexão com os filhos, permite criar entre os dois uma confiança e uma proximidade que, estabelecidas quando criança, podem durar por toda a vida.


Nota do Editor: Eduardo Shinyashiki (www.edushin.com.br) é consultor, palestrante e diretor da Sociedade Cre Ser Treinamentos. Autor do livro Viva Como Você quer Viver, da Editora Gente.

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