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Opinião
26/08/2009 - 05h55
Os benditos dízimos...
Ivanir Yazbeck - Observatório da Imprensa
 

Nessa briga Globo x Record, penso nos jornalistas que ganham salários milionários para desempenhar o papel de manequins na vitrine montada pela Igreja Universal do Reino de Edir Macedo, cujo objetivo é dar ao jornalismo da sua emissora a aparência de competência e credibilidade.

Vem daí a seguinte questão: será que Paulo Henrique Amorim ou Ana Paula Padrão, dois nomes de destaque no quadro jornalístico da Record e que lá aportaram com bagagem profissional respeitável – será que ambos, ao deitarem no travesseiro suas cabecinhas, dormem o sono dos justos ou se sobressaltam frequentemente ouvindo as consciências alertando para a página obscura onde suas biografias estão sendo mal traçadas?

Paulo Henrique, Ana Paula e as dezenas de companheiros famosos cooptados pela Record sabem que seus polpudos salários são oriundos dos dízimos tomados das vítimas de lavagem cerebral religiosa, crentes que ficarão ricos da noite para o dia e, de quebra, adquirem o direito de habitar o Paraíso, após a morte, tendo como avalista Edir Macedo.

Bem informados, produtos da profissão que exercem, os jornalistas da Record não têm o direito de ignorar que estão sendo usados para acobertar as tramóias bilionárias de seu patrão. Quando expõem suas caras na telinha para dizer exatamente o que o seu mestre mandar – isto é, ler notas oficiais redigidas pelos "bispos" e copidescadas por Paulo Henrique ou entrevistar o capo di tutti capi lá em Miami, para dizer que é um injustiçado, os repórteres e apresentadores dos jornais da Record o fazem conscientes do triste papel de marionetes. Estou certo disso e ninguém me convencerá do contrário.

"Somos profissionais; temos que sobreviver" – justificarão eles, e para isso danem-se os escrúpulos e princípios éticos e morais que ditam a conduta dos Jornalistas com J maiúsculo, quando os contracheques lhes chegam às mãos no fim do mês. Grana é que não lhes faltará para pagar os psicanalistas que ouvem suas confissões e os soníferos que lhes anestesiem a consciência durante a noite.


Nota do Editor: Ivanir Yazbeck é jornalista aposentado (Jornal do Brasil, O Globo, O Dia e Extra), professor universitário de edição de arte em jornais diários (PUC/RJ e Faculdade da Cidade – atual UniverCidade/RJ) e escritor, autor de dez livros publicados, Juiz de Fora, MG.

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