O título deste artigo, neste Terceiro Milênio, está por vir, ao poucos, a aflorar, no mundo da hermenêutica. Infelizmente, no Brasil, levaram-se séculos para reconhecer os interesses para o Caminho das Índias – fazer-se a troca da riqueza brasileira pelos condimentos indianos. Noutra época, fazia-se a troca de espelhos e quinquilharias por madeira, aves, animais comestíveis, exóticos etc., existentes, em terras brasileiras. Noutra oportunidade, os bandeirantes abriam caminhos para explorarem o ouro e pedras preciosas. Consecutivamente, adviera o ciclo da cana-de-açúcar, do algodão, do café, da laranja e, neste terceiro milênio a plantação genérica, da cana-de-açúcar, por todos os Estados-Membros do país. O tempo, medidor de tais mudanças, levará séculos. Bem como, recentemente, o tempo medidor das falcatruas políticas – do dinheiro, na cueca, do Senado, dos partidos políticos, que de inimigos, aglomeram-se, formando enxames de abelhas africanas contra os objetivos da Nação Brasileira e seu povo. Ultimamente, até atingir o chamado Povo de Deus, na figura do pastor, e até mesmo, no expoente da comunicação brasileira. Recentemente, temos visto verdadeiros absurdos, tais como - a exploração de certos setores da vida econômica, do tráfego, das atribuições de canais televisivos, da exploração particular e arrecadadora do DPVAT, das notícias, que tem por finalidade preocupar o Povo Brasileiro, somente com a bandidagem, os roubos, furtos, os grupos artísticos, o futebol, duplas sertanejas etc. É um mundo difuso e diversificado, chamando a atenção das pessoas, desviando os reais objetivos voltados para a convivência sadia, de amor e paz, de progresso... Por outro raio de luz, vê-se as propagandas muito bem planejadas para retirarem do pensamento humano a real centralização do que está acontecendo - na saúde, ameaçada pela gripe suína, tudo com fundo político, descentralizador do pensamento do bom e do bem, para garantir a conivência, o alastramento da insegurança pública das pessoas, alastrando o consumo de drogas. O pior de tudo isso, é que nas escolas, ensina-se muito pouco. Os alunos passam sem saber; saem do primeiro grau, com 17 a 19 anos, no afloramento dos seus desejos jovens, a querer para si, as coisas, que enfeitam a vida, o trabalho, que gera o dinheiro e, não os tendo, por falta de competência profissional, atiram-se, nos braços das drogas, dos furtos, dos roubos, e até mesmo, da destruição da própria vida, no trânsito, no esporte e nos vícios. Para onde irá a formação dos nossos jovens, dos futuros lares, e da geração que virá? No momento, vejo-os corridos, perseguidos pela polícia, envolvidos em processos criminais, tudo porque há falhas na educação e formação do educando. Na verdade, essa juventude do terceiro milênio, será um tanto quanto, mais carecedora de educação, dada no lar, de instrução, dada nas escolas, que é o aculturamento do homem, porque educação, entendemo-la, de berço. Futuramente, quem vai dar o que não tem ou não recebeu? O futuro dirá àqueles, que viverem, até os anos 2030, aproximadamente. Essas conotações, no século de luzes, é para chamar a atenção dos dirigentes, educadores nacionais, que não quiserem, num futuro bem próximo, ver-se amordaçados e aniquilados, pelos descendentes. A educação e formação de um povo, com mentalidade sadia, deverá ter seu início de imediato. Amanhã, virá tardiamente, os queixumes. Segundo nosso pensamento evolutivo e perscrutador, quando vemos, por aí, pai, mãe ou tios, dizer que, não podem com a vida do filho ou de seu sobrinho ou um parente qualquer, nos vem à mente, a resposta – Você da geração madura, é quem, deveria ter preparado e deixado para as gerações futuras um mundo melhor – sem a falta do conhecimento humano, sem a falta do respeito mútuo, sem o aconchego do núcleo familiar. Este último, de vital importância, quando banhado por exemplos dos familiares. O “Homem” sem esta visão complexa de como deixar a sua geração com estes conhecimentos, estará enquadrado no poema de Carlos Drumond de Andrade, que assim, alertou – “Quem passou pela vida, em brancas nuvens e, em pleno repouso, adormeceu; foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida e, não viveu”! A mensagem deixada acima foi esquecida pelos chefes da família brasileira, desde o ápice da pirâmide social – Presidente da República, Congresso e Senado Federal, até o rodapé dessa mesma pirâmide, onde estão enquadrados 90% da população nacional. É pena que o sopé da pirâmide esteja representado pelo povo, que tem seus dirigentes, a todo o momento, com a cara nas telas, televisivas, nas cenas da pedofilia, da homosexualidade, das brigas religiosas, não contando as que reinam, sob o mesmo teto, envolvendo famílias mal estruturadas, sem amor e sem religião. É tempo de fazer-se, não o alargamento das fronteiras, entre os povos, chamado globalização, mas sim, o intercâmbio da cultura, saúde e, acima de tudo, da melhor aplicação das riquezas mundiais, com aqueles que sofrem, não nos porões da escravidão para o trabalho, mas, nos porões das necessidades humanas de saúde, educação, trabalho e amor. Esse é o caminho que levará os povos à glória, ao desejo do Deus maior, à compreensão, paz e felicidade, humanas. A concentração das riquezas assoberba a prepotência e a luxúria, quando deveria, inversamente, agregar-se ao desenvolvimento humano, de forma harmoniosa, tendo no coração e, na mente de cada ser humano, o prazer da percepção de uma vida digna – com saúde, sem fome, com cultura, respeito, dignidade e crença, no sobrenatural. Até, as religiões, que vivem dissociadas, deveriam unir-se, num só credo e numa só crença, amando-se ao próximo, o trabalho e o Saber. Uma fusão de idéias irá fazer brotar, no “Homem”, o sorriso, nos lábios a esperança e a crença, no coração. Pensemos, num Mundo melhor. Nota do Editor: Cláudio Boriola (www.boriola.com.br) é consultor financeiro e palestrante.
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