Muito comum entre a criançada, a rinite é uma inflamação da mucosa que reveste o nariz causando uma sensibilidade na região. O tipo mais comum é a alérgica, desencadeada por agentes externos como pó, fumaça, cigarro, produtos químicos e ácaros. O maior risco de agravamento do quadro ocorre no período de outono e inverno, quando as pessoas estão mais expostas a estes fatores em decorrência da inversão térmica. Estudos do SUS atestam que 30% dos jovens menores de 17 anos sofreram com rinite alérgica em 2008. Só em São Paulo, de acordo com Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC), aproximadamente 29% das crianças com idade entre 6 e 7 anos, bem como adolescentes de 13 e 14 anos, sofreram com a rinite no ano passado. Isso se deve, em parte, pela disseminação da poluição na região sudeste do país. Para identificar a doença entre estes jovens, os pesquisadores questionaram a ocorrência de espirros, entupimento nasal ou coriza. Aliás, quem sofre com a rinite está quatro vezes mais sujeito a adquirir asma. Cerca de 90% dos pacientes asmáticos também possuem a alergia. Por essa razão, é preciso ficar atento, uma vez que não tratar a rinite acarreta no descontrole das crises asmáticas. Sua alta incidência se deve ao fato de as pessoas já propensas permanecerem por um longo período em locais com carpetes, cortinas e ar-condicionado e deixarem suas residências fechadas. A associação destes fatores leva um agravamento da inflamação nasal e a manifestação dos sintomas de rinite. Vale ressaltar que a rinite alérgica é crônica e não tem cura, mas seu controle acontece por meio de vacinas, medicamentos e mudança sociais, como evitar se expor aos agentes que aumentam a sensibilidade nasal e manter a casa limpa e arejada sempre. O custo social do problema é alto, pois as crises acarretam faltas no trabalho, tanto dos doentes quanto dos pais que levam seus filhos ao hospital, assim como ausências escolares. Segundo a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), uma das opções de tratamento para controlar os sintomas e a inflamação nasal, atrelado aos cuidados com a exposição às substâncias alérgicas, é o uso diário de vacina antialérgica e, com o nariz congestionado, utiliza-se um spray diretamente nas narinas. Anti-histamínicos, corticosteróides intranasais e descongestionantes são outros medicamentos recomendados, de acordo com cada caso, que deve ser avaliado somente por um médico. No caso dos pequenos, o aleitamento materno por um longo período protege o sistema imunológico, uma vez que os filhos de pais alérgicos podem apresentar a rinite ou algum outro tipo de alergia.
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