Um dia me peguei pensando no que fariam as pessoas serem inteligentes. Pensei e resolvi começar por mim. Porque sou assim, tão inteligente e tão mais capaz que muitos? Cheguei a simples conclusão que o simples fato de ser feio foi o que me permitiu buscar algo que me tornasse atraente, não na aparência, mas ao abrir a boca e proferir as palavras com domínio de um filósofo grego. Lembro que quando cheguei a adolescência e até o fim dela, e por sinal, ainda nos dias de hoje, quando por fora sou adulto, era, outra vírgula para dizer que ainda sou, uma pessoa feia, sem graça e sem sal. Então encontrei nos livros o carinho que das garotas, e hoje das mulheres, não consigo conquistar. E saindo de mim, percebo que no mundo também é assim. Os feios dominam as sete artes, tanto que hoje vejo uma tendência dos belos tentarem ser feios. Podem até conseguir, mas o talento e a inteligência, matéria-prima dos realmente, feios nunca será atingida em sua plenitude. E quem salva o mundo da destruição? Ora, amigos! Os feios. Quanto mais pessoas feias existirem, mais será a probabilidade de um mundo melhor, mais inteligente e mais capaz. E tenho dito, e se os lindos quiserem posso repetir, já que nós, os inteligentes, não temos preconceitos contra vós, lindos ignorantes. Iria escrever um post-scriptum sobre a minha humildade, mas não me lembro em qual gaveta a esqueci. Se eu encontrar, falo da inteligência segurando na língua e nos dedos toda humildade que ainda existe. Nota do Editor: David Tiago Cardoso é psicólogo e mantém o blog O Mundo de David (mundodedavid.blogspot.com).
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