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Opinião
13/09/2009 - 06h21
Internet, livre ou não
Carlos Brickmann - Observatório da Imprensa
 

Não faz muito tempo, um importante homem de negócios recomendou a um prestador de serviços que, quando lhe mandasse um e-mail, telefonasse para avisar sua secretária. Reforçou: sem o telefonema, ela nem abriria o correio eletrônico. Quanto a ele, não adiantava tentar comunicar-se por este sistema. Ele não sabia, nem queria, mexer em computador. Se sua secretária julgasse que a mensagem era importante, ela a imprimiria e encaminharia a ele.

Este é o problema principal na regulamentação do uso de internet para fins eleitorais: políticos em geral, com algumas exceções (que brincam de Twitter, que acompanham o noticiário online), não têm a menor idéia do que seja internet. Imaginam que seja algo como uma TV e, portanto, deve ficar sujeita à mesma regulamentação da TV.

Comecemos então pela TV: a regulamentação que há hoje é antidemocrática, incentiva a corrupção e faz com que as mensagens dos partidos e candidatos reais chegue mal ao eleitor. Ao tratar igualmente candidatos desiguais, ao abrir espaço para qualquer partido e candidato, incentiva as legendas de aluguel. E dificulta os debates, por querer colocar na mesa uma multidão de candidatos, a maior parte dos quais quer apenas dizer "alô, mamãe" em frente às câmeras.

Agora, passemos à internet. A primeira diferença com relação à TV é que as emissoras são concessões públicas, enquanto a internet é livre. A TV dispõe de um número limitado de canais, enquanto na internet o número de "canais" é praticamente ilimitado. A TV exige empresas fortes, capazes de bancar investimentos pesados; a internet exige gastos muito pequenos do cliente. TV jamais é individual; internet pode ser individual. TV sempre tem patrão. Internet pode dispensar esse luxo.

Como, então, tratar a internet como se fosse TV? A experiência de Barack Obama, que conduziu uma campanha brilhante, barata e pioneira pela internet de nada valeu? Poderia valer – mas como mostrar o que é internet a um político que considera a máquina de escrever mecânica um símbolo avançado de modernidade?


Nota do Editor: Carlos Brickmann é jornalista, diretor da Brickmann&Associados.

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