As coisas em Ubatuba não fluem, não andam. Quando andam seguem caminhos tortos. Em todos os caminhos aparece um demônio equipado com tridente que para tudo e faz deitar as coisas como o anjo parou e fez deitar a jumenta de Balaão (Números 22–27). Associei a imagem ao ver a “VACA DEITADA” de Julinho Mendes. A paralisação, os descaminhos, a desordem, as perseguições, a falta de planejamento, a ausência de fiscalização e o cumprimento do dever dos eleitos e nomeados para fazer respeitar a lei e cobrar ética, transparência e eficiência dos administradores dos bens e do patrimônio público, causa um imenso desânimo. Dias passados informaram-me que a Merenda Escolar estava capenga. Publiquei artigo sob o título “Tristeza”. Nada tenho com isso. Apenas entristece-me o sofrimento de desamparados. Poucos dias depois alguém desabafa comigo que as obras da Prefeitura estavam paradas, não eram fiscalizadas e as particulares irregulares ninguém as incomodava. É triste. Histórias tristes e lamentáveis são contadas todos os dias do abandono em que se encontra a cidade e de fatos ocorridos na Santa Casa e nas Secretarias de Educação e Saúde. Não são tomadas providências. Ontem uma pessoa séria, honesta, caridosa, doadora de parte de seus serviços profissionais em benefício das pessoas pobres e à qual deve muito o Lar do Menor me telefonou chorosa e angustiada informando que, a Prefeitura-FUNDAC, pretendiam vender o prédio do LAR DO MENOR, da Capitão Felipe e fazer dele um ágape..., um banquete... Citou nomes dos envolvidos, ações que estariam acontecendo, carências sofridas pelas crianças e pediu para fazer alguma coisa. Nada posso fazer. Nada afirmar ou negar. Não sei se a fumaça esconde um fogo devorador dessa parte do patrimônio de Ubatuba e das crianças desamparadas. Na impotência de cidadão solicito, dos Senhores Vereadores, se informem, visitem as crianças lá abrigadas, verifiquem a veracidade dos fatos e... pensem... reflitam... cumpram com o seu dever de fiscais. Aquela área, aquele prédio, aqueles móveis foram doados para as crianças desamparadas. Perdendo essa finalidade deveriam retornar a seus doadores. Não é moral alguém preparar ágapes e se banquetear com as migalhas das crianças desamparadas. Essas coisas, sejam verdade ou boato para ver, se aceito pela sociedade, causam angústia, desânimo e imensa tristeza. VIVA UBATUBA! Por favor, respeitem o patrimônio das crianças desamparadas. Corsino Aliste Mezquita corsinoaliste@hotmail.com
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