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Crônicas
20/09/2009 - 14h21
Pegadinha
Wanda Wenceslau
 

Quando estou concentrada num determinado serviço ou objetivo, não presto muito atenção nas coisas em volta, quero despachar logo o que me atrapalha e terminar o serviço começado. Ando sempre assoberbada!

Eu estava com milhões de coisas para fazer e queria terminar logo porque ainda teria que ir ao Banco. Era o último dia para entregar a declaração do imposto de renda, se não o fizesse, lá vinha a multa!

Toca a campainha e eu, antes mesmo de atender, já ia pensando na maneira de despachar seja lá quem fosse.

Um rapaz fazendo gestos, dando a entender que era surdo-mudo, me entregou um papel e eu li sem prestar muita atenção, entendi que ele precisava de ajuda (esmola) para comprar um determinado aparelho e nem me alonguei mais na leitura do conteúdo todo, pois queria ver a criatura fora dali o mais breve possível!

Entrei para dentro de casa e procurei uns trocados e entreguei ao rapaz, ele foi agradecendo e me cobrindo de bençãos e votos de milhares de coisas boas, com cartazes de agradecimentos.

Quase deixei-o "falando" sozinho e entrei para terminar meus afazeres.

Minha filha chega logo em seguida e eu já vou toda irritada descrevendo tudo o que ainda tinha por fazer e que um sujeito se dizendo surdo-mudo veio me pedir ajuda e que lhe dei uns trocados pois ele estava pedindo dinheiro para comprar um aparelho, acho que um rádio portátil ou coisa assim.

Minha filha arregalou os olhos de surpresa e depois caiu na gargalhada.

Disse:

- Mãe, para que um surdo vai querer um rádio portátil?

Fiquei paralisada! Não tinha certeza se no papel que ele trazia estava escrito rádio portátil, pois não tinha prestado nenhuma atenção ao escrito do papel, na minha insanidade estressada de livrar-me dele. Mas por via das dúvidas esqueci minha pressa e sai à rua para ver se via o tal sujeito, porém, nem sinal dele. Olhei para um lado e outro para certificar se aquilo não tinha sido uma "pegadinha" e se não havia uma câmera escondia, e se no próximo domingo eu estaria num programa de TV entre os tolos que caem nesse tipo de brincadeira.

Agora, cada vez que vejo um pedinte com esses papeizinhos escritos, me lembro logo da minha parvalhice e me ponho a rir. O pior é, que nos tais papéis tem sempre coisas tristes escritas. Faço outra vez o papel de tola!

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