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Opinião
26/09/2009 - 05h31
A alternativa brasileira
Paulo Apsan
 

Após uma breve recessão, provocada pela crise financeira global, o Brasil alinha-se para experimentar um novo ciclo de crescimento. Baseada principalmente na força do mercado interno, essa expansão deverá situar nossa economia entre as cinco principais do mundo ao final dos anos 2010.

Para confirmar esse potencial precisaremos eliminar gargalos - como a infra-estrutura deficiente e o complexo sistema tributário - ao mesmo tempo em que atualizamos as cadeias produtivas e de serviços. No entanto, somente essas iniciativas não serão suficientes para sustentar o crescimento que se espera.

Historicamente, a economia brasileira importa inovação, seja na forma de produtos, de processos produtivos ou de métodos de gestão. A crise global, porém, solapou o fôlego inovador de nossas fontes tradicionais. Uma recente reportagem de capa da revista Business Week, uma das bíblias do mundo dos negócios, aponta o fracasso nas iniciativas inovadoras realizadas ao longo dos anos 2000 nos Estados Unidos como uma das causas da atual fragilidade econômica norte-americana. O Japão, por sua vez, sofre há mais de uma década com a estagnação de sua economia, além de enfrentar nos últimos anos a concorrência da China, a Índia e Coreia pela liderança tecnológica e industrial na Ásia.

Resta ao Brasil, portanto, encontrar seu caminho e criar suas próprias ferramentas de inovação. O País tem uma respeitável e crescente produção acadêmica, uma base industrial de primeira linha e uma importante experiência acumulada no campo da gestão. Com exceção de poucas e excepcionais histórias de sucesso, porém, os profissionais brasileiros têm falhado em transformar esse potencial em inovação genuína, aquela capaz de gerar e construir riqueza. Exemplos como os da Embraer, da Petrobras e da Embrapa (responsável pela geração do conhecimento que transformou o agronegócio brasileiro numa potência) são provas de que é possível criar e executar estratégias inovadoras no Brasil.

Não só é possível, como é absolutamente essencial para a economia brasileira abraçar a inovação. Não há empresário, executivo, membro da academia ou do governo que discorde dessa afirmação. Se há consenso nesse ponto, falta clareza em como chegar lá, em como de fato assumir uma postura realmente inovadora. Para inovar de fato, não bastam recursos e criatividade. É preciso criar um ambiente e uma cultura de inovação que perpassem todos os escalões e atividades nas empresas.

Também é preciso correr riscos, inerentes a quem se propõe a estar na vanguarda. Quando bem realizados, projetos inovadores criam um ciclo virtuoso: viabilizam o crescimento, promovem transformações estruturais na economia, estimulam o desenvolvimento socioeconômico e ampliam a inserção internacional do País.


Nota do Editor: Paulo Apsan é economista, consultor de empresas e diretor da Altran do Brasil.

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