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Opinião
11/10/2009 - 10h06
Blair presidente?
Márcio Chalegre Coimbra - Parlata
 

O esperado "sim" dos irlandeses quanto ao Tratado de Lisboa levantou uma questão importante. Faltando somente o aceite final da Polônia e República Tcheca, a pergunta que paira na União Européia neste momento é quem ocupará o novo e chamativo posto de Presidente da UE?

Tony Blair é um nome que frequenta todas as listas. Apesar de ser um nome forte, seu país, o Reino Unido, não é, digamos, grande entusiasta do concerto europeu. Os britânicos não fazem parte do acordo Schengen de livre-circulação de pessoas e preferiu manter sua libra esterlina e deixar a zona do Euro de lado. O país não é fundador da UE e entrou no clube bem mais tarde, em 1973. Por outro lado, se Blair assume o comando europeu, talvez isto propicie uma aproximação em Londres e Bruxelas.

Os dois sócios fundadores, Alemanha e França, podem apoiar Blair. Circula a tese de que Sarkozy inclusive já endossou o nome do ex-premiê. Merkel prefere a cautela, e dizem que ela pode apoiar Jan-Peter Balkenende, primeiro-ministro holandês, mas se o nome de Blair tiver muitos apoios e consistência, Berlim tende a confirmar seu nome. Ou seja, Blair precisa de boa estratégia política para vencer as resistências e novos concorrentes, como o ex-Primeiro-Ministro espanhol Felipe González, que já se movimenta nos bastidores.

Os Tories britânicos são aqueles que menos desejam que Blair assuma o posto. Virtuais vencedores das próximas eleições, David Cameron não deseja dividir holofotes com o líder trabalhista no plano internacional.

Como se vê, é um jogo delicado e um xadrez político que deve ser movimentado com extrema habilidade. Blair seria um bom nome. Com trânsito entre conservadores e esquerdistas, teria habilidade e densidade política para falar em nome da UE, além de possuir uma figura marcante o suficiente para representar os 27 sócios em qualquer foro internacional.


Nota do Editor: Márcio Chalegre Coimbra é analista político, editor-chefe do site Parlata, desde 2003. Mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos, com passagens acadêmicas pela FGV, UFRGS, Unisinos e Harvard Law School. Possui experiência internacional com passagem pela Fundación FAES e o Partido Popular em Madri, Espanha e como analista-chefe do Hayek Institute em Viena, Áustria. Nos Estados Unidos trabalhou com o Leadership Institute e o Partido Republicano. No Brasil trabalhou como consultor na Patri e como Diretor na Governale, atendendo clientes nacionais e internacionais. Como Professor, na Universidade Católica de Brasília e no UniCEUB, orientou pesquisas na área de relações governamentais e internacionais Autor da obra "A Recuperação da Empresa: Regimes Jurídicos Brasileiro e Norte-americano", Ed. Síntese - IOB Thomson. Responsável pelo Blog Diários da Política (marciocoimbra.blogspot.com).

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