Gosto de tudo o que arde, mesmo que não seja em mim. Sou assim, desprovida de consenso e sem medidas. Nada que seja pré-estabelecido me seduz. Fico incomodada com tudo o que aperta, até o nó na garganta. Por isso choro fácil, não suporto prisões. Minha saia rodada gira como o mundo. Não caio com a tontura, designo o tempo a cair com as tentações. Adoro todos os pecados e faço deles minhas fontes. Sou intensa e ardo, constantemente, sem precedentes, sem dogmas. Para quê o controle? Nota do Editor: Alessandra Pereira (www.arfante.blogspot.com) é jornalista e poeta.
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