Nunca antes havia pensado que viria uma fase tão atemorizante e medonha na minha vida. Já basta a prisão (O orfanato) que experimentei no meu passado, agora, deparo-me com um cenário “igual”. Convivo com alguns “amigos”, mas vejo-me sempre na caverna da aflição. Ando vagando sem rumo pelas ruas da Cidade, tentando encontrar uma solução para derribá-la. Ao deitar para descansar da fadiga do dia, encontro no caminho a senhora solidão, seduzindo-me. Meus sonhos tornaram-se monstros perturbadores, os quais mortificam-me diariamente. O que fazer diante deste cenário macabro? Em um dado momento, percebo que meus pensamentos recebem a visita de invasores “desagradáveis”. Meu Deus! - Será que estou doente? Ou sofro da Síndrome do Pensamento Acelerado? Ou quem sabe fui acometido de uma das doenças terríveis da psiquê, a dona ansiedade. Não nasci doente. Por isso, investiguei o que estava acontecendo-me. Assentei na varanda da minha residência, e comecei a ler o livro “Mevitevendo”, de Artur da Távola. E a experiência fora deslumbrante! - em sua crônica, Dissonância Cognitiva, ele diz que: “sofro porque não sei viver o que sei da vida. Não sei fazer o que sei como é. E sei fazer e sei saber o que tantos não sabem...” Após ponderar nas palavras deste grande escritor, pude ter a ideia clara. Preciso encarar com firmeza o passado da maneira certa – e não posso de maneira nenhuma mostrar-me assombrado com minhas derrotas e meus triunfos. O presente e o passado existem para o meu aprendizado, mas sempre visando um futuro próspero. É nele que estão minhas metas e esperanças. Tomei conhecimento deste vendaval e a partir de agora, serei um aluno aplicado. Pensava que sabia alguma coisa, porém não estava conseguindo sair desta situação de uma maneira sábia. Minha defesa e de muitos, é ausentar-se do mundo (morrer) para não confrontar com os impasses da vida. Sinto pelas dores que os percalços da vida tem tentado dilacerar todos os meus sonhos e projetos, o que eles não sabem, eu sei. Desta forma, prosseguirei em rumo a uma nova fase de vida. Nota do Editor: Leandro da Silva, graduando o sétimo período em História pela Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ.
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