In Weber, L.N.D. (1998). Laços de ternura: pesquisa e histórias de adoação. Curitiba: Santa Mônica. p. 114. Aos xenófobos de Ubatuba, dedico está reflexão: Em nosso dia-a-dia, costumamos utilizar muitas expressões e termos, que denotam preconceito, sem que tenhamos plena consciência disso. Assim, as novelas, os meios de comunicação de massa e as propagandas, estão repletas de chavões preconceituosos, muitas vezes mascarados em sátiras e situações engraçadas, as quais servem simplesmente, para manter um determinado "status quo", que um segmento social acha recomendável. Rimos da mocinha "bonita e burra" de determinado programa de televisão e não percebemos o quanto isto é estereotipado e preconceituoso. Ouvimos e vemos a todo momento, expressões que denotam preconceito racial, religioso, étnico, social, estético e muitos outros. É preciso parar para refletir um pouco, pois termos transformam-se em diagnósticos de vida. Termino, com esses lindos versos de Arthur Moreira e Sebastião Ferreira da Silva. "...Faz muito tempo, que não vejo os outros filhos. Sei que eles estão bem e não precisam mais do pai. E um belo dia, me sentido abandonado, ouvi uma voz, bem do meu lado. Pai, eu vim pra te buscar, arrume as malas, vem comigo, pois venci, comprei casa e tenho esposa e o seu neto vai chegar. De alegria eu chorei e olhei pro céu, obrigado meu senhor, a recompensa já chegou. Meu Deus, proteja os meus seis filhos queridos, mas foi MEU FILHO ADOTIVO, que este velho amparou." Engº Guaracy Fontes Monteiro Filho maritiosso@bol.com.br
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