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Opinião
11/11/2009 - 11h00
Entendendo os ranking criticamente
Wander Soares
 

As listas que pretendem ordenar coisas, empresas ou pessoas, devem ser olhadas criticamente, delas fazendo-se a melhor utilização. O crescente interesse em divulgar as listas dos “mais”, dos “maiores” ou dos “melhores” coincide com o desejo difuso do público de conhecê-las e nelas se situar. À vista dessas listas o que se projeta é a própria vida. É comum ouvir-se expressões como “nem se ganhasse dez vezes na loteria teria patrimônio para participar da lista” ou “nem com dez cirurgias plásticas entraria na lista das mais belas” etc.

Num mundo onde o acesso à informação é cada vez mais fácil, a dificuldade está não mais em obter o conhecimento, mas em discernir o que é relevante para a realidade de cada um. Os ranking são como atalhos: resumem em uma tabela ou lista uma série de informações que facilitam a vida de quem as consulta, pois outro se incumbiu do trabalho de pesquisa, avaliação e compilação dos dados para formar a classificação. Confiando que os critérios foram os melhores, o leitor assume a informação já digerida e processada, para formar opinião e tomar decisões.

Embora as listas sejam feitas para registrar o “status” de alguma coisa em algum momento, é na repetição delas que se vai formando um juízo de valor duradouro.

O importante é não engolir sem crítica uma informação preparada por outros. Há que processá-la individualmente, filtrá-la e avaliá-la quanto às origens, os critérios e as intenções. Os ranking são úteis, é claro, mas não são sagrados; devem ser vistos como uma ferramenta adicional de análise, não a única. Afinal, na maré diária de informações, o maior valor não está naquele que sabe repetir bem as informações, mas em quem sabe selecionar o que é importante, criticamente, e assim acresce seus valores e idéias aos fatos, dando então uma contribuição criativa. No final, como se pergunta o escritor italiano Ítalo Calvino, “quem somos nós, senão uma combinatória de experiências e informações, de leituras e de imaginação?”


Nota do Editor: Wander Soares é economista, professor e conselheiro do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

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