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Opinião
17/11/2009 - 05h33
O que o jornal sabe fazer
Alberto Dines - Observatório da Imprensa
 

Estavam muito pesadas as edições de domingo (15/11) dos três jornalões nacionais. Com todos os cadernos e encartes, pesariam em torno de três quilos.

Mas este papelório dominical chega a afetar a vida dos leitores? Depois de folhear cerca de 600 páginas ele imagina que algo mudará em sua existência? Excluindo o serviço prestado pelos anúncios classificados, qual o efeito da montanha de informações jornalísticas na vida daqueles que as consomem?

É certo que o destaque dado à cobertura de dois desastres – o apagão que afetou 18 estados e o desabamento parcial de um viaduto na obra do Rodoanel paulistano – produz reações concretas no ânimo do leitor. Como sempre a reboque das diligências e providências oficiais e apresentado com um enfoque excessivamente político, o noticiário dos acidentes acaba por escapar da esfera imediata do cidadão.

Para chamar a atenção, são apresentados como casos singulares, sem identificar a falha sistêmica que converte tantas portentosas obras públicas em tremendos fiascos, a despeito do nível de excelência de nossa engenharia.

Vigilância regular

Porém quando a imprensa se dispõe a investigar por conta própria, sem distrair-se com política, sabe ir fundo. Caso da manchete do Globo sobre o desperdício de recursos na urbanização da favela Dona Marta, bairro de Botafogo, no Rio: com o dinheiro gasto nesta comunidade desde 1983 seria possível oferecer um imóvel de 84 mil reais a cada uma das 1.460 famílias lá residentes.

A primícia oferecida pela Folha de S.Paulo é mais trepidante, afeta os leitores de todas as classes sociais no país inteiro: as farmácias compram medicamentos genéricos com 65% de desconto, repassam ao consumidor apenas 20% e embolsam o resto. Daí a pequena diferença de preço entre um genérico e o seu equivalente de marca. O abuso é antigo e justamente por isso valoriza o trabalho dos jornalistas que souberam vencer a inércia.

Com este tipo de vigilância regular, nossa imprensa estaria se antecipando aos vexames e surpresas. E jamais se sentiria ameaçada pelo lançamento no mercado de uma nova engenhoca eletrônica.

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