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Medicina e Saúde
18/11/2009 - 10h00
Células tronco e calvície, o que podemos esperar?
Ademir Junior
 

É interessante acompanhar as pesquisas que ocorrem em grandes centros relacionadas ao estudo das células tronco para regeneração capilar. Apesar da grande maioria dos trabalhos serem promissores, as pesquisas ainda se arrastam em informações que são coletadas a partir de dados in vitro de laboratórios e de pequenas amostras de pessoas que tiveram acesso a estes tratamentos.

É verdade que quanto mais gente estiver estudando o processo de regeneração capilar melhor será para aqueles que sofrem com a queda de cabelos. A realidade nos mostra que quando muitas pessoas com diferentes pontos de vista, experiências e conhecimentos estudam um assunto a fundo, certamente uma grande gama de conclusões poderá surgir, sejam elas positivas, sejam elas negativas.

Até agora, as principais pesquisas apresentam dados conclusivos de como as células que compõem um folículo piloso se relacionam. Pode parecer estranho para quem tem contato com esta informação pela primeira vez, mas a verdade é que o folículo piloso (a raiz do cabelo), é formada por um conjunto de células fazendo desta estrutura um miniórgão. E para que um folículo se forme e trabalhe de forma competente as células que o formam tem que se relacionar umas com as outras.

Assim como falamos ao telefone, enviamos SMSs ou e-mails para nos relacionar, a comunicação entre as células pode ocorrer de diversas formas, porém o padrão principal para que isto ocorra é a produção e a secreção de substâncias químicas pelas mesmas.

Estas substâncias podem estimular ou inibir a atividade de outras células em sua proximidade. Em um órgão milhares de sinais químicos acontecem ao mesmo tempo fazendo com que a relação entre suas células ocorra de forma muito equilibrada quando há saúde. Este equilíbrio se perde quando as doenças se instalam.

Esta situação não é diferente com os folículos pilosos. As quedas capilares, na grande maioria das vezes, envolvem processos de desequilíbrio ou erros nas comunicações químicas existentes entre as células foliculares.

Promover o desenvolvimento de novos folículos depende de vários fatores. Este parece ser o maior desafio dos cientistas que procuram soluções para a calvície através das células tronco. Uma grande parte das substâncias químicas que estimulariam o desenvolvimento de novos folículos e, consequentemente, novos cabelos vem sendo conhecida. Este é o maior avanço desta ciência até agora. Falar mais que isto seria mera especulação.

Para que possamos ter o uso de células tronco como solução para problemas capilares, a utilização destas células deve prover as mesmas de substâncias químicas que estimulem a formação folicular de forma bem modulada. O exagero no uso destas substâncias poderia promover resultados catastróficos, assim como o uso insuficiente poderia fazer com que os resultados ficassem abaixo do esperado.

A maior parte das empresas envolvidas neste desenvolvimento estimula a liberação de informações parciais sobre os estudos, o que atiça cada vez mais a curiosidade das pessoas e alimentam suas esperanças, porém sem nada trazer de tão especial para a grande massa que sofre com o problema.

Acredito que a cura da calvície está nos mistérios que ainda envolvem a utilização clínica das células tronco, porém ainda creio que há uma longa caminhada a ser seguida pelos cientistas. Ainda é difícil prever se em pouco ou muito tempo teremos acesso a estas terapêuticas.

Enquanto isto, sugiro que quem tem cabelos procure tratamentos convencionais medicamentosos ou cirúrgicos para suas calvícies, pois só assim poderão esperar os tratamentos com células tronco satisfeitos com os seus cabelos, enquanto estes não nos chegam.


Nota do Editor: Dr. Ademir Jr. (www.ademirjr.com.br) é médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, da Sociedade Brasileira de Termalismo, e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. Presidente do Grupo de Assistência a Problemas Capilares - GAPCA e Presidente do Grupo de Apoio a Portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos - GAPSOP. Professor de Anatomia e Fisiologia da pele no curso de Pós-Graduação em Cosmetologia das Faculdades Oswaldo Cruz - SP/SP. Autor dos Livros: "Socorro, Estou ficando careca", publicado pela Editora MG em 2005, "Tem alguma coisa errada comigo - Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos", publicado pela Editora MG em 2004 e "É outono para meus cabelos - Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar" - Editado pela Editora Summus.

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