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Opinião
22/11/2009 - 15h05
Esporte e saneamento
Giovani Toledo
 

Deixando de lado o ufanismo dos milhões de torcedores amantes do futebol e de dezenas de modalidades esportivas, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 são oportunidades únicas de proporcionarmos melhor qualidade de vida aos brasileiros. Embora a segurança pública, com frequência, tome a atenção e a preocupação da população, temos sérios problemas de infra-estrutura, que deixam o país muito longe de figurar como uma nação desenvolvida.

Os investimentos serão grandes e, especialmente devido a Copa do Mundo, os benefícios podem ser ainda maiores, mesmo que baseados nas necessidades dos eventos. Entre os Estados sede, os contrastes são enormes: enquanto as regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador, Brasília, por exemplo, possuem mais de 80% da população atendida por redes de saneamento, a cidade de Natal conta com 80% das moradias sem este serviço. Os dados foram levantados pela Fundação Getúlio Vargas para o Instituto Trata Brasil, que acredita que investimentos de R$ 7 bilhões seriam suficientes para universalizar o saneamento nas 12 cidades.

E mesmo na cidade do Rio de Janeiro, sede da copa e da Olimpíada, existem significativas deficiências destes serviços, seja na Baixada Fluminense ou na Barra da Tijuca, que ainda precisam de investimentos nestas áreas. O dossiê de candidatura do Rio de Janeiro à sede olímpica prevê a aplicação de US$ 14,4 bilhões de recursos públicos e privados na estrutura do Comitê Organizador e para a infra-estrutura dos Jogos. É importante ressaltarmos que saneamento traduz-se em água preservada, esgoto tratado, praias, rios e lagoas limpas e saúde humana e ambiental.

Na média, pouco mais de 50% dos brasileiros são atendidos por saneamento básico. Os impactos desta realidade afetam a vida das pessoas e a economia do País. A área de saúde é a que mais absorve os efeitos negativos desta deficiência estrutural. Os problemas causados pela falta de saneamento causam 22% mais óbitos em crianças de 0 a 6 anos do que naquelas com acesso a estes serviços. Entre os adultos, 12% das faltas ao trabalho têm relação com a insuficiência de saneamento.

A questão é preocupante e merece atenção dos órgãos públicos e privados. Embora a infra-estrutura básica dependa de iniciativas governamentais, empresas e indústrias dos mais diversos setores e construtoras – neste caso, mais focadas no setor hoteleiro – têm neste momento a possibilidade de abrir novos caminhos nesse mercado, com medidas bastante significativas, ainda que individuais. Um exemplo é a instalação em empreendimentos imobiliários de estações compactas de tratamento de esgoto e reúso de água tratada, que ajudam a diminuir o consumo de recursos hídricos ou, no mínimo, contribuem para que o efluente tratado seja devolvido sem riscos à natureza, aquecendo o setor como um todo.

Esta é uma ótima oportunidade e agora é a hora de pensarmos o que queremos para o nosso presente e futuro.


Nota do Editor: Giovani Toledo é Gestor da Unidade de Negócios Mizumo – unidade de negócios do Grupo Jacto - especializada em sistemas compactos de tratamento de esgoto sanitário.

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