O que vem acontecendo com nossos filhos? Estamos assustados com a fragilização que encontramos nos jovens, estamos abismados com o crescimento da maldade que se instala nas portas de nossas casas e, no quanto, ainda não somos capazes de encontrar uma saída ao todo que bagunça nossa esperança. Quando vemos nossos filhos crescer passamos a temer com quem ele anda, por onde ele passa e no quanto não sabemos ou conhecemos a verdade que nos é dita. São tantas as perguntas, são tantos os medos que deixamos de nos fazer fortes o suficiente para questionarmos, educarmos e reconhecermos que somos responsáveis diretos pelo desalinho a que eles se deixam levar. Passamos muito tempo nos preocupando com um futuro que nada mais é que uma demagogia barata e insana. Enquanto perdermos tempo com a vida consumista, e nos distanciamos dos nossos filhos, estaremos entregando-os, ou melhor, deixando de ensiná-los a se protegerem dos maus amigos e dos vícios que chegam através deles. O tempo deve ser melhor aproveitado! Afastemos a soberba em acharmos que brinquedos, escola e formação didática suprem a participação efetiva dos pais. É verdade que temos de dar a eles condições a serem auto-suficientes e, que a vida necessita de cultura, estimulo e continuidade. Mas como fazê-los homens ou mulheres formadores de opiniões se na base maior da vida eles desconhecem o que é ser uma família. Aprendem tão somente que a vida é para ser vivida e que todas as experiências lhes serão boas. Não! A maior verdade de ensinamento está na proximidade dos pais, na felicidade que se estampa em seus olhos, na vitória do amor que consiga unir e transformar um lar em um palácio de tranquilidade e respeito. Quando aprendemos o correto, quando conhecemos limites, quando sentimos orgulho de nosso lar não deixamos que ele se transforme em um lugar de energização negativa. Passamos muito tempo distantes de nossas crias! E quando percebemos já estão formados: não em uma universidade, mas donos de suas vontades e possuidores de tudo aquilo que não fomos capazes de lhes dar. Porém a vida, os oportunistas não deixam de recrutar e de abrirem espaço pelas portas que não os ensinamos a fechar. Com as mãos atadas! É assim que nos sentimos quando descobrimos que não os conhecemos e que eles fazem de suas vidas algo que não sonhamos para seu futuro. Aí, descobrimos que algo ficou para trás! Que não soubemos utilizar a maneira correta da infância de nossos filhos, que deixamos escorrer pelo ralo a oportunidade de uma proximidade que daria a eles uma referência de coisas justas, amáveis e sensatas. Temos de ser mais participativos em tudo! Para que haja um maior entendimento entre filhos e pais, devemos exercer uma conquista de amizade que não deve ser imposta pelo medo ou demonstração de força. Os jovens são seres carentes de conhecimento, por isso, a participação de pais inteligentes e compreensíveis conseguirá dar a essa formação a confiança que tanto eles necessitarão para conduzirem suas vidas ao desafio que é viver o novo. Temos de orientá-los em uma visão que os aproximem da fé em Deus, não escolhendo a forma de sua fé, mas dando a eles conhecimento e informação suficiente para que saibam definir suas escolhas. Eles se movimentarão, praticarão e se formarão naquilo que é exposto pelos seus condutores de referência. Devemos ensinar o valor da vida, do respeito e do amor entre raças. Uma averbação correta, uma postura respeitosa e a forma com que eles venham a lidar com suas futuras famílias é uma responsabilidade nossa. Façamos de nossas famílias o esteio de luz que os aproximarão da legitimidade de Deus e da formação abençoada de nossas novas gerações. Nota do Editor: Eder Roberto Dias é autor do livro “O Amor Sempre Vence...”, publicado pela Editora Gente. Contato: ederoamorsemprevence@bol.com.br.
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