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Medicina e Saúde
01/12/2009 - 18h32
Erupção dos dentes permanentes
 
 

Quando as crianças começam a trocar os lindos dentinhos de leite por dentes permanentes, algumas mães ficam apavoradas, pois muitas vezes eles nascem manchados, amarelados, separados e para fora. Esta fase é natural e denominada de ’Fase do Patinho Feio’, porque realmente as crianças perdem um pouco da sua beleza.

"O que é mais engraçado é que as próprias crianças não se incomodam nem um pouco com isso, pelo contrário, estão muito satisfeitos com sua aparência, sentindo-se menos infantis por estarem em uma nova fase", comenta Drª Vivian Farfel (CRO-SP 59.111), especialista em Odontopediatria e em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).

"Porém, ao contrário do que se imagina os dentes da frente não são os primeiros a trocar, como alguns podem pensar. É comum que a ’estréia’ da nova dentição seja com o primeiro molar, que nasce entre os cinco e os seis anos, atrás de todos os dentes de leite, não substituindo nenhum outro", esclarece a especialista. "Algumas crianças se queixam de dor localizada na região, têm febre e até mesmo diarréia nesta época. Estes dentes freqüentemente são negligenciados na escovação, o que pode levar ao aparecimento de cáries e à perda precoce de uma estrutura, que deveria ficar ali até o fim da vida".

De acordo com a Drª Vivian Farfel, o começo da troca da dentição costuma ocorrer entre os cinco anos e meio e seis anos e meio. "O dente de leite deve cair naturalmente, é necessário esperar pela queda, sem forçá-la. Por outro lado, pode haver certa tensão se a troca de dentição for tardia".

"Se a troca da dentição está atrasada, algumas providências podem ser tomadas. A primeira delas é fazer uma radiografia panorâmica, indicada pelo odontopediatra, por meio da qual poderá ser observada a existência ou não de todos os germes dos dentes permanentes, se há desvio de erupção ou algo que atrapalhe o nascimento do permanente".

Os atrasos podem estar ligados a diversos fatores, como a hereditariedade. Mas, o mais evidente diz respeito às alterações na dieta moderna visto que, atualmente, as crianças comem alimentos já processados, que não exigem um grande esforço para mastigar. Portanto aqui vai um alerta: "Mães e pais fiquem atentos: o pouco exercício dos músculos da mastigação pode fazer com que a primeira dentição perdure por mais tempo. Uma arcada menor também pode ser o resultado da pouca mastigação, já que o trabalho muscular determina o tamanho do osso. A dupla osso pequeno e dentes grandes significa futuro candidato ao uso de aparelho ortodôntico. Os pequenos ficam, inicialmente, ’felizes’ com a novidade que o aparelho representa, mas se cansam rapidamente com os cuidados redobrados de higiene e de manutenção, os pais por sua vez, ficam desesperados com novas despesas e a necessidade de tratamento de longo prazo", explica Drª Vivian Farfel.

Alem disso, com a erupção dos dentes permanentes é preciso reforçar os cuidados com a saúde bucal. A partir de agora, a nova dentição será para a vida toda e exige rotinas disciplinadas de higiene. "É nesta hora que a criança precisa ser incentivada a usar o fio dental todos os dias. Pode ser que no início ela ainda precise de ajuda, mas logo terá coordenação motora suficiente para fazê-lo sozinha", finaliza a odontopediatra.

Abaixo, a Drª Vivian Farfel elencou quatro dicas de cuidados com os dentes permanentes:

1. A escovação deve começar a ser feita três vezes por dia. Sempre após as principais refeições e uma bem especial, mais prolongada e com o uso de fio dental, antes de dormir.

2. Mais atenção na escolha da escova de dente: escolha modelos próprios para o público infantil, com cabo anatômico e confortável, cabeça reta, pequena e com cerdas macias. Na dúvida, peça orientação ao dentista.

3. Visite o dentista regularmente. Procure por profissionais especializados em odontopediatria, que já estão bem preparados para driblar o medo e usam métodos especiais para despertar o interesse pela escovação.

4. O início da troca de dentes é a fase ideal para levar a criança a um ortodontista pela primeira vez. O profissional irá verificar se há espaço suficiente para todos os dentes que estão nascendo ou detectar, precocemente, problemas de mordida ou má oclusão dentária, que mais tarde podem acabar sendo mais difíceis de serem corrigidas.

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