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Opinião
04/12/2009 - 10h07
A pandemia da corrupção
Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa
 

A semana jornalística encerra-se com mais uma hiper-mega-super-extraordinária enchente em São Paulo, causada, como sempre, por um volume de chuvas que superou em muito a média para este período do ano, em função de um fenômeno chamado de aquecimento global, que parte da imprensa desconfia que não existe.

Tem também, claro, a nova safra de escândalos e o rescaldo de alguns escândalos anteriores, embora aspergidos seletivamente pelas páginas dos diários.

E para os incrédulos de toda sorte oferece-se, na página 2 da Folha de S.Paulo, o costumeiro artigo do senador José Sarney, no qual o impoluto imperador do Maranhão fala sobre a "pandemia da corrupção".

Ao contrário do que poderiam imaginar algumas mentes maldosas, Sarney fala contra a corrupção.

Certos detalhes do chamado "mensalão do DEM" só são visíveis em notas curtas, como a acusação de que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, andou distribuindo dinheiro para jornais de Brasília.

A notícia da aceitação de denúncia contra o senador Eduardo Azeredo no Supremo Tribunal Federal, por conta do chamado "mensalão tucano" ou "mensalão mineiro", mistura-se a referências ao "mensalão federal", ou "mensalão petista".

Quando chega às páginas de histórias em quadrinhos, o leitor fica com a sensação de que acompanha um enredo em que faltam mocinhos e sobram bandidos.

Questão de vontade

Seria um jogo perigoso apostar quais dos três escândalos mais em evidência na imprensa vão resultar em condenação dos envolvidos. Mas pode-se cravar com muita segurança que em nenhum deles se verá a Justiça mandando para a cadeia o corruptor.

E, se o leitor observar atentamente, vai constatar que em todos os casos o esquema é o mesmo: empresas interessadas em fazer negócios com o setor público contribuem para campanhas eleitorais, regularmente e pelo caixa 2, e depois cobram sua parte em contratos privilegiados, com licitações fraudadas ou contratos irregularmente requentados.

Ora, se tudo isso é sabido desde os tempos de Nabuco, como diz o senador Sarney, por que os jornais não se dedicam a cobrar uma reforma que estabeleça controles mais eficientes nas relações do setor privado com o dinheiro público?

Quando quer, a imprensa sabe produzir resultados, como aconteceu com a extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalista e o fim da lei de imprensa. Por que, então, essa leniência com a fonte da corrupção?

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