Luiz Moura |  |
Não devemos ficar presos ao passado, mas é necessário lembra-lo para tomar providências sobre seus avisos e, no presente, tomar medidas preventivas para não sermos surpreendidos no futuro. Em 04-12-08, comentando as trombas de água de Santa Catarina, publicamos: “Cuidar o presente”. Fazíamos referência à “estrutura geológica podre” da Serra do Mar, às chuvas, freqüentemente, torrenciais nas suas encosta e vales e alertávamos: “Ubatuba está situada nessa “estrutura geológica podre”, temos o terceiro maior índice pluviométrico do Brasil (+ - 3.000 mm³, por ano) e, nos últimos trinta anos, tivemos diversos avisos prévios da natureza. Infelizmente nossos administradores fizeram ouvidos moucos a esses alertas ou, em atitudes de leniência e ou cumplicidade, toleraram a ocupação de áreas de risco, desmatamentos, ocupação de encostas, margens de rios, áreas periodicamente inundadas etc. etc. Os resultados, os problemas e os sofrimentos todos conhecemos e não tivemos uma possível grande catástrofe.” Os alagamentos destes dias foram, no aspecto geral, mais um aviso prévio e indicativo da necessidade de tomar providências urgentes para evitar os constantes sofrimentos, as perdas de pertences e de vidas humanas. Já para todos os atingidos (foram muitos que perderam quase tudo) foi uma enorme catástrofe. E que catástrofe!!! Morte, destruição, desabamento de casas, perda de móveis, equipamentos e pertences, queda de barreiras, isolamento de pessoas sem água e luz etc. Catástrofe previsível e repetidamente anunciada. Os que constituem, o denominado pelo Sr. Prefeito e seus áulicos, “CLUBE DA MEIA DÚZIA” alertam constantemente sobre o abandono a que está relegada a cidade, da falta de planejamento, dos rios, córregos e canais entupidos de lixo e do aparente sono em berço esplêndido de nossos governantes (Executivo e Legislativo) ao som das ondas do mar de Ubatuba, vendo navios passar e divulgando, como grandes conquistas, diplomas que nada significam, contradizem a realidade e que, como diria o poeta: “são verde de um dia ou flores do deserto”. Observando o sofrimento de alguns moradores da Vila Guarani que, a cada chuva mais ou menos forte, tem suas casas alagadas e são deslocados para o TUBÃO, não posso deixar de lembrar os cartazes mentirosos da pré-reeleição do Sr. Eduardo de Souza César anunciando 48 (quarenta e oito) apartamentos, como já prontos, para resolver definitivamente o problema daqueles cidadãos. Onde será que foram construídos? Na época nenhum existia. Eram todos virtuais para enganar incautos e conseguir seus votos. Quarenta e quatro continuam virtuais, passado mais de um ano das eleições. Cabe aos atingidos e prometidos beneficiários, se unirem e cobrarem o cumprimento da promessa. Alô Vereadores!! As chuvas estão provando a leviandade das promessas eleitorais e a perna curta da mentira. Políticos e administradores ouçam os avisos prévios da natureza!! Coisas piores podem estar para acontecer!! Corsino Aliste Mezquita corsinoaliste@hotmail.com
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