27/08/2025  19h47
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
17/12/2009 - 10h04
Use sem moderação
Alexandre Honório - Observatório da Imprensa
 

O Twitter não mudará sua vida, mas certamente tem mudado a relação de pessoas iguais a você com os limites da comunicação. A pergunta mais comum entre os que não conseguiram compreender ainda a função desta rede social é "para que serve isso?". Eu particularmente procuraria uma outra perspectiva: "O que posso fazer com isso?".

Como ferramenta o Twitter não chega sequer perto de outra vedete das redes sociais – o Facebook. Pelo menos em termos de recursos, mas em relevância comunicacional, o "passarinho" dá de capote. Diferente do Facebook, o grande segredo do Twitter é que sua instantaneidade informacional – o modo como a informação é difundida entre seus usuários – suplantou quaisquer recursos que outras redes dispusessem até então.

O Twitter é a manifestação de uma perspectiva da comunicação que tem se delineado com a ascensão das mídias digitais: se nos tempos em que a TV e o rádio imperavam absolutos os seus usuários lidavam com uma perspectiva comunicacional regida por uma orientação "um-muitos", em nossos dias a dinamicidade da orientação "muitos-muitos" representam desafios não só para quem se comunica, mas para quem igualmente estuda os fenômenos da comunicação.

Outra revolução

Não é que a comunicação esteja mudando pura e simplesmente e se transformando em um lugar para pouco; não há substituição, mas hibridização dos agentes e processo da comunicação. Como considera Carlos Scolari em seu “Hipermediaciones – Elementos para uma teoria de la Comunicación Interactiva Digital”, o que tem mudado é a relação que temos mantido com a comunicação.

Como descreve Scolari, o nosso olhar em direção aos limites da comunicação tem sido modificado em uma velocidade que igualmente tem exigido uma componente que, esta sim, tem atiçado a crescente participação coletiva: a experiência da participação.

O grande trunfo das redes sociais, portanto, inclua-se o Twitter como sua mais recente vitrine, tem sido fazer com que consumidores da comunicação e dos seus produtos participem, interfiram, interajam com processos que representam a essência do comunicar, mas tradicionalmente se encontravam fora do alcance para muitos.

Assim, o Twitter pode não mudar nossas vidas; pode não mudar o modo como o mundo nos salta aos olhos; pode simplesmente ser a vedete interativa da vez até que uma outra se apresente como estrela de uma outra revolução (alguém ainda lembra do ICQ?). Entretanto, somente por motivar uma discussão sobre como nos comunicamos e o que esta experiência encerra, posso afirmar que a mudança está inevitavelmente em curso. Aproveite-a – sem reservas.


Nota do Editor: Alexandre Honório é chefe de reportagem do Novo Jornal, Natal, RN.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.