Aécio Neves é mineiro. Neto de Tancredo Neves. A política em Minas é feita de modo peculiar e é preciso entendê-la. Aécio desistiu de buscar a indicação do PSDB neste momento, o que não quer dizer que não continue no jogo. No twitter, publiquei que Serra disse que será candidato apenas se as chances de vitória forem “muito concretas”. Se até março Dilma decola e Serra não sente-se seguro, todos se voltarão para Aécio. O Governador de Minhas diz que esta chance não existe, uma vez que ele perderia o timing da costura de uma aliança mais ampla. Talvez sim, talvez não. Aécio precisa romper as barreiras de Minas, tornar-se um nome nacional para conseguir atingir o Planalto no futuro. Esta campanha o deixaria de evidência. O DEM já circulou a tese de que apoiaria uma chapa Serra-Aécio. Mais uma vez os holofotes voltam-se para o Governador mineiro. Mesmo se não for o vice, ele carrega os valiosos votos de Minas Gerais. Como vemos, em todas as situações, Aécio, saindo agora de cenário, torna-se o bem mais valioso em disputa na política nacional. Nota do Editor: Márcio Chalegre Coimbra é analista político. Consultor Político da Macropolítica e Editor-Executivo do site Parlata, desde 2003. Mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos, com passagens acadêmicas pela FGV, UFRGS, Unisinos e Harvard Law School. Possui experiência internacional com passagem pela Fundación FAES e o Partido Popular em Madri, Espanha e como analista-chefe do Hayek Institute em Viena, Áustria. Nos Estados Unidos trabalhou com o Leadership Institute e o Partido Republicano. No Brasil trabalhou como consultor na Patri e como Diretor na Governale, atendendo clientes nacionais e internacionais. Como Professor, na Universidade Católica de Brasília e no UniCEUB, orientou pesquisas na área de relações governamentais e internacionais Autor da obra "A Recuperação da Empresa: Regimes Jurídicos Brasileiro e Norte-americano", Ed. Síntese - IOB Thomson. Responsável pelo Blog Diários da Política (marciocoimbra.blogspot.com).
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