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Medicina e Saúde
22/12/2009 - 16h01
É possível entender a violência?
 
 

Não há dúvidas de que a violência é um dos problemas que mais preocupam a sociedade atual. Não é para menos, todos os dias somos bombardeados por notícias que relatam ações violentas. Roubos, assassinatos, seqüestros, brigas no trânsito, alunos de universidade que se manifestam de forma agressiva em relação a uma colega, gangues urbanas, pichações, depredação do espaço público, entre várias outras.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a violência é a segunda principal causa de mortalidade global em nosso país, só fica atrás das mortes por doenças do aparelho circulatório. Os jovens são os mais atingidos. Além deles, a violência atinge ainda, em grau muito elevado, as crianças e as mulheres. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2008, enquanto os homens faleciam, em média, aos 65,2 anos por causas naturais, as mortes violentas ocorriam a uma idade próxima aos 37 anos, quase 30 anos antes da idade média dos óbitos naturais.

Diante disso, várias perguntas nós nos fazemos para tentar entender o porquê das pessoas terem um comportamento impulsivo que as levam a cometer crimes violentos. Segundo a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a violência é um comportamento que torna uma pessoa capaz de causar algum dano a si próprio ou a outro ser vivo ou objeto. “Violência é tudo aquilo que fere, destrói, agride ou machuca as pessoas. São ações que não preservam a vida ou prejudicam o bem-estar tanto individual quanto coletivo”, afirma a médica.

Todos os seres humanos trazem consigo um impulso agressivo. A agressividade é um comportamento emocional que faz parte da afetividade das pessoas. Portanto, é algo natural. “No entanto, a maneira de reagir frente à agressividade varia de acordo com cada pessoa, sociedade e cultura”, explica Soraya.

De acordo com estudos, as causas da violência estão associadas a dois fatores principais, a genética e o ambiental. A psicanalista explica que há uma determinação genética para esse tipo de comportamento agressivo, chamado ‘reativo-explosivo’. Diante disso, será sensato acreditarmos que, apesar de existir um fator genético capaz de aumentar a suscetibilidade das pessoas para comportamentos criminosos, esta estará sujeita às condições ambientais.

Prova disso é que os principais motivos que levam uma pessoa a cometer um ato de violência são ódio ou vingança, ciúmes, discussão, embriaguez, conflito familiar, separação ou roubo. Outros fatores que contribuem são a má distribuição de renda, a baixa escolaridade e o desemprego.

“A natureza oferece as bases do comportamento, que, no entanto, é modulado pelo ambiente em constante variação. Por exemplo, uma pessoa que tenha uma predisposição para um comportamento agressivo, mas se seu ambiente familiar e social for equilibrado e pacífico, essa predisposição talvez permaneça silenciosa, controlada, ou não passe da emissão de algumas palavras fortes em situações mais tensas”, ilustra a médica.

A violência sob outro ângulo

A psicanalista explica que, para a Neurociência, nós temos mecanismos neurais da raiva e da agressão. O hipotálamo, região do cérebro dos mamíferos, é a estrutura chave na expressão desta emoção. O ataque ofensivo, a agressão sem nenhum motivo aparente, é produzido pelo hipotálamo lateral. Já o ataque defensivo, no qual agredimos para nossa proteção, é produzido pelo hipotálamo medial.

As conexões do hipotálamo com o complexo amidalóide é a via de saída para a reação correspondente. Existe uma conexão no hipotálamo que é o ‘controlo neuroendocrinology’. Este dado é coerente com a observação de que a agressividade e a ansiedade estão submetidas a um forte controle hormonal (testosterona). Os níveis desde hormônio aumentam na puberdade. É também nesse período que a agressividade se acentua na maioria das espécies. O efeito oposto, reduzindo a agressividade, seria a castração dos machos.

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