Quando era criança, meu pai tinha uma pequena casa no município de Praia Grande. Morando na capital, visitava a cidade nos finais de semana. Cresci correndo nas areias quase desertas de suas praias; naquela época, as ruas ainda eram de terra, não havia infra-estrutura alguma, só mato e água limpa. Quando casei, deixei de frequentar tal destino, preferi me voltar ao interior, visitando cidades termais de São Paulo e Minas Gerais. Após alguns anos, por força de uma transação imobiliária, voltei a Praia Grande e fiquei boquiaberto com o que vi; uma cidade totalmente reformulada, com um lindo calçadão arborizado, ciclovia, tratamento de esgoto e emissário submarino em todas as praias. E os quiosques, tão polêmicos em Ubatuba, organizados com sanitários e chuveiros liberados por ficha; ah, sim, respeitando a faixa de areia. Diante da minha perplexidade, resolvi investigar o que aconteceu com a minha velha Praia Grande, fui atrás e conheci os motivos desta transformação. Em 1992, Praia Grande elegeu o advogado Alberto Mourão (não quero fazer apologia deste cidadão, pois mal o conheço), pois bem, este Prefeito revolucionou Praia Grande, antes considerada o paraíso dos farofeiros, hoje reconhecida como símbolo nacional de desenvolvimento urbano e social. Só quem conheceu a cidade antes, conhece agora e tem o mínimo de justiça em seus atos, pode dizer o quanto ela mudou para melhor. Posteriormente, tive o prazer de poder contribuir com um complemento desta revolução. Enquanto diretor executivo do Banco do Povo Paulista, desenvolvi em conjunto, um projeto visando a uniformização dos quiosques de artesanato. Criamos praças especialmente projetadas com quiosques padronizados financiados pelo Banco do Povo Paulista aos permissionários, dentro de rígidos critérios de urbanização e limpeza, com regras claras e total controle municipal. E o que falta para a linda Ubatuba se tornar uma cidade plenamente sustentável, que garanta os direitos fundamentais de sua gente, com uma gestão apta e dinâmica? RENOVAÇÃO! Como já disse, TUDO É UMA QUESTÃO DE COMPETÊNCIA.

Eng. Guaracy Fontes Monteiro Filho
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