O Plano Nacional de Direitos Humanos é o Big Brother do momento, pois o tema domina a mídia não só pela sua importância, pois envolve opiniões diversas de especialistas e estudiosos da matéria como o conflito gerado entre o ministro da Defesa e o dos Direitos Humanos. Em outro ponto da casa governamental o presidente Lula busca uma saída honrosa diante da desastrosa assinatura sem leitura do plano do revanchismo para não colocar a sua candidata no paredão e sair bem cedo de cena e na porta estão os comandantes militares com a carta de demissão, pois não querem ser a bola da vez, usando o jargão popular. Tudo por culpa a um programa eleitoreiro, cujas diretrizes foram estabelecidas por um decreto presidencial, que sugere, dentre outros pontos a revogação de leis do período ditatorial, entre elas a Lei da Anistia que eximiu de punição os integrantes do governo militar e propõem a criação de uma Comissão Nacional da Verdade, que tem como foco a apuração das violações aos Direitos Humanos durante o governo militar. Infelizmente temos que esta comissão da verdade terá apenas um norte, uma só verdade e um só lado para ser punido e excretado diante da opinião pública. A verdade tem dois lados como todos nos sabemos, houve excessos praticados pelos militares, mas o mesmo ocorreu com os criminosos travestidos de militantes políticos que mataram, roubaram e seqüestraram em oposição ao regime imposto. Com certeza não serão chamados para contar a verdade os familiares das vítimas de Orlando Pinto Saraiva e de Norberto Draconetti (assassinados em assalto a uma agência bancária), Tenente Alberto Mendes Junior (morto a coronhadas), Segurança Hélio Carvalho de Araújo (executado ao tentar impedir um seqüestro), dentre outros que morreram por assassinos que buscavam de qualquer forma transformar o país em uma ditadura de esquerda. Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.
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