Uma em cada dez pessoas usam colírio sem receita médica durante o verão, de acordo com um estudo realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas. Em outras épocas do ano essa incidência cai para 30%, isso se deve porque “no verão, o contato com água do mar, piscina e areia predispõem um aumento dos problemas oculares”, segundo Renata Schulz, farmacêutica de uma das lojas da Rede Hiperfarma (CRF-PR 14778). O estudo de Queiroz Neto apontou ainda que nos casos em que o paciente procura um médico, ele já chega ao consultório fazendo uso de um colírio por conta própria. O pesquisador acredita que isto ocorra porque o brasileiro não encara o colírio como medicamento, mas um uso errado do mesmo pode acarretar em sérias complicações visuais, como cegueira e catarata. Renata alerta para que um médico seja procurado sempre que o paciente notar desconforto nos olhos, “tais como ardência, coceira, vermelhidão e sensibilidade à luz”, explica a farmacêutica. Ela lembra ainda que medicamentos só devem ser adquiridos com receita médica, e conclui com uma dica: “Cuidar da higiene dos olhos com soro fisiológico pode trazer conforto enquanto aguarda consulta no especialista. Vale ressaltar que após aberto, o soro deve ser conservado em geladeira, e tem um prazo de validade de sete dias”, completa.
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